quarta-feira, agosto 30, 2006
Acho que foi lendo algum texto na internet que mencionava Dorothy e coisas secretas que a gente só faz quando está em casa.
Já devo ter mencionado alguma parte de poder ficar dias sem dar satisfação a ninguém. Mas alguém conseguiu listar tudo o mais para me fazer rir da situação fantástica em que me encontro.
Eu realmente descobri que posso ser tudo o que eu consigo ser.
Descobri, também, que posso compartilhar com quem eu quiser. E, friso, compartilhar uma fração do que eu consigo ser quando ninguém tá olhando.
Talvez tenha sido por morar em São Paulo, que me dá a oportunidade de simplesmente andar umas quadras para ter uma diversidade gigantesca de cinemas, bares, teatros e pessoas. Tudo isso, do modo como eu gostava de fazer. Escolhendo o que me interessa. Selecionando coisinhas secretas que ninguém no mundo vai saber que eu gosto.
Foi por ver um filme que eu pude escrever linhas e linhas à máquina e saber que nunca vou mostrar pra ninguém. Foi, pelo mesmo motivo, que soube o por quê de gostar de Publicidade e Propaganda. E rir, gargalhar, sozinha, da posição mental em que me encontro.
Nos poucos metros quadrados do meu apartamento, sou milhas e milhas de mim mesma. E isso é segredo.
segunda-feira, agosto 28, 2006
Listando todos os milhares de textos soltos do primeiro semestre e da carga semi-duplicada no segundo? Listando tudo o que eu consegui ler de extra?
Sobre algo jogado de real interesse. Real interesse, whatta hell do you mean? O que vem da base teórica da Publicidade não te interessa? Mas e a ação? Bleh, se fortaleça.
mas, mas...
É, meu pai falava algo enquanto eu pedia algum livro pra ele. Muito o que ler na faculdade.
Aquele 6,0 foi justificado pelo tanto que eu li de Schaff, Blinkstein, Pierce, Saussure e sobre o maldito triângulo do Odgen-Richards? Não, é culpa do péssimo poder de assimilação.
domingo, agosto 27, 2006
Além do quê?
Em um diálogo, minha mãe, quando deito a cabeça no ombro dela e faz carinho em mim, voltando ontem à noite com o carro, senti-me com vontade de morrer.
Talvez nem me importasse. A sensação era de pertencimento a mim mesma.
A clareza de fatos era chata.
Eu quis além do que eu tinha.
Eu ganhei um livro do Kundera do Bruno, com uma dedicatória que me fez sorrir e perceber o quanto a faculdade fez ele mudar.
Claro, eu havia dado um tapa nele antes de ganhar o livro. Tudo em uma discussão sobre história. Malditos unespianos.
respira. são paulo agora.
quinta-feira, agosto 24, 2006
O que é uma cidade natal além de um porto?
Quando a gente acha que as pessoas não funcionam mais pra isso e que ninguém na imensidão marrom e azul te ajudaria por vontade-própria-sem-nada-em-troca. Para isso que existem as cidades natais. Com irmãos, pai e mãe, cachorro e patinhos. Com passeios noturnos cujo único perigo é o maníaco bêbado que canta músicas de escolas de samba que não mete mais medo em ninguém.
Batatais não me dá orgulho, mas me dá colo. É a velha relação de amor e ódio. Meus vínculos são mantidos pela família e pela praça que me deu chão para as primeiras cambalhotas. Pela escolinhazinha que era estranha depois do Sul e de Sumaré.
Há as fofocas? Há. Há a opinião de cada vizinho seu sobre quem é seu namorado? Há. Há palpite em roupas? Há multidão te olhando quando você vai sair de carro pela primeira vez? Há vizinhas trazendo bolo de chocolate quando você está doente?
É, é pequeno, eu sei. Mas é meu. E, vai me fazer um bem filho da puta nesse fim de semana.
Ou não.
Tem arco-íris e água. Iuhul!
Bleh. Tem tudo isso.
Tá faltando alguma coisa.
sábado, agosto 19, 2006
Publicitários babacas
Acho que, na tentativa de salvar os cérebros da definhação inevitável, rendíamo-nos à leituras pseudo-bem feitas com direito a comentários inteligentes da revista 'Caros Amigos', às maravilhosas dobraduras da Dani, aos impecáveis desenhos do Daniel e do Jannerson e às tentativas de melhorar a letra.
Em vão, a aula continuava uma merda e não conseguíamos salvar-nos.
Decidimos nos inteirar à porcarida que era aquilo tudo o que o professor falava e começamos a anotar qualquer dita 'pérola' que surgisse durante as longas três horas de duração que deram erroneamente para a matéria de Mercadologia.
Devo expôr ao mundo pela primeira vez aqui no blog. Há planos para um blog da PPMATECAUSP2006 [ufa.], mas nada que não dê preguiça a nenhum dos vinte integrantes da fantástica trupe.
Mupy, divagando.
'Cara, mas e se a cana entrasse em extinção?'
[No contexto da conversa sobre produtos necessários ou algo do tipo, alguém mencionava o álcool.]
'Minha mãe falou que no trabalho dela já morreram duas pessoas de stress' [Mupy]
'Nossa! O que a sua mãe faz?' [Dani, complementando].
Cãmi, a quase líder.
'Ah, aí ela faz uma cirurgia e coloca lente permanente.'
[No momento em que falávamos sobre cirurgia de olhos]
'Nossa, ele não pára de falar nessa demanda. Quem é essa tal de demanda? É vizinha dele?'
[ops.]
Jé, contribuíndo.
'Er, as pessoas compram mais janelas no frio.'
Té, que ajuda também.
'Eu hein, moroso? Eu odeio atendimento amoroso, tem muita intimidade.'
Marcello, lá longe.
'Tá, aí vem o verão, e o cara da barraquinha da praia só abre à tarde e à noite, como ele faz pra melhorar essa produção?' [Gino]
'Não, aí ele faz um café-da-manhã na praia.'
Dani, a líder.
'Nossa, é verdade que a Ivete Sangalo cheira cocaína forte?'
[do nada]
'Ah, no inverno as pessoas compram menos computador.' [Eu]
'Claro que não! aì ela liga o computador em casa e fica quentinha.'
Dani dá uma dobradura trabalhosíssima pro Danilo, e ele diz que dobraduras são inúteis.
'O dia que você vivê numa casa de dobradura, você vai ver!'
Agora, tem uma hisória que me obrigaram a escrever.
Jé: 'O Marqinhos tava contando que uma vez ele tava no metrô e tinha um cara segurando a porta. Aí, o condutor começou a dizer aquele anúncio lá, "favor não segurar as portas", um monte de vezes. Daí, ele começou a ficar puto! "O trem está atrasado porque tem um INCONSEQUENTE segurando a porta", maior bravo com o cara.'
Dani: 'Credo, que cara estressado!'
Gabi: 'E ele nem pega trânsito!'
segunda-feira, agosto 14, 2006
colocaram ar condicionado.
Trocaram todos os computadores por maravilhas tecnológicas absurdas.
E pensava no caso que ocorreu durante a pseudo-greve, com o roubo dos computadores. Além de considerar a falta de verba da ECA para determinadas coisas, citando pesquisas e iniciações científicas.
Bleh. É tudo confuso. De onde veio o dinheiro, eu pergunto.
Reclamam da pequena parte do investimento público estadual para a esduação que vem pra USP. Começando a considerar certas parceirias da ECA com alguma instituição particular que não consegui identificar ainda. Era aquele caso da Globo e da Abril? Mas cadê as coisas que a planilha mostrava para esse semestre?
Bah, eu não entendo nada do que acontece na USP. Nem o porquê de aquele prédio ter dois andares e nenhuma escada.
E, o que mais?
Eu acabo doente e chata. Com aquela rouquidão irritante e com uma noite de sono picado.
Fui representante da maior infantilidade e sonhei com isso. Haviam dois moços com o nome de Rafael. Só que um deles tinha algo mais que um simples ph. E eu dei algum chilique e chutei uma parede.
Acordei com dores estranhas no pé, na garganta e no peito.
Era a tristeza?
sábado, agosto 12, 2006
Profecia (ou Testamento Da Ira)
Salve o povo Xucuru
Na cumeeira da serra Ororubá o velho profeta já dizia
Uma nova era se abre com duas vibras trançadas
Seca e sangue
Seca e sangue
Herdeiros do novo milênio
Ninguém tem mais dúvidas
O sertão vai virar mar
Eo mar sim
Depois de encharcar as mais estreitas veredas
Vivarará sertão
Antôe tinha razão rebanho da fé
A terra é de todos a terra é de ninguém
Pisarão na terra dele todos os seus
E os documentos dos homens incrédulos
Não resistirão a Sua ira
Filhos do caldeirão
Herdeiros do fim do mundo
Queimai vossa história tão mal contada
Ah! Joana Imaginária
Permita que o Conselheiro
Encoste sua cabeleira
No teu colo de oratórios
Tua saia de rosários
Teu beijo de cera quente
E assim na derradeira lua branca
Quando todos os rios virarem leite
E as barrancas cuscuz de milho
E as estrelas tocadeiras de viola
Caírem uma por uma
Os soldados do rei D. Sebastião
Mostrarão o caminho
sexta-feira, agosto 11, 2006
Eu achei uma versão de 'Are you lonesome tonight' com o Elvis rindo incontrolavelmente no meio da música. Achei que eles estava sob o efeito de algo, or something.
Hoje eu tive vontades. Vontades que eu soube controlar depois de sentar-me e repensar um bocado de coisas. Digo repensar, sobre saber ser mais racional. Não funcionou, as usual. E fiquei feliz que não tenha funcionado. Senti-me bem ao pensar nas consequências de ligar pra ele de novo e sorrir ao ouvir o modo como ele pronuncia o 'érre'.
Pra quê todo esse ânimo, Gabriela?
E eu volto e penso na minha mãe.
Eu quero ser como ela? Tá. Certos aspectos.
Há tanto além.
Há tanto o que amar.
Há tanto o que planejar pra um futuro não distante.
Should I come back again?
Tell me dear, are you lonesome, tonight?
sexta-feira, agosto 04, 2006
Mick Jagger
Era algo como instintos, inteligência, mono e poligamia? Ou sobre aquela teoria exposta por um rapaz, comentando que a família era o maior confronto de instintos, era o ciúme versus a poligamia humana? Não conseguiria expôr como fiz ontem em algum e-mail perdido pra sabe-se-lá-quem. Era engraçado e foi uma aula fantástica.
Queria contar pra alguém sobre ela, mas foram comentários perdidos no ar, nas palavras erradas, confusas.
É, é o que o Jagger acha. Acabaria o encanto e o homem deixaria o instindo poligâmico aflorar enlouquecidamente? Discretamente, I suppose. Bah, será que todos os casamentos são assim? Eu escrevi sobre isso em algum lugar, acho. Não, tá no meu Machado.
Desenvolvamos a ideia. Os seres humanos são todos complicados. Ou seria apenas eu?
É preciso menos realidade, menos certeza. O medo deveria ser bom, explorado?