domingo, junho 28, 2009

Eu não escrevo há tanto tempo em blogs que me esqueci de como era esse layoutezinho de postagem do Blogger.
Não me lembro, também, de como eram os momentos. Aquele segundo crucial em que uma voz na minha cabeça brincava 'vou postar no blog'. Sei que havia um tempo, até o fatídico outubro de 2008, em que postar por aqui era quase mandatório por meus dias paulistanos.

Dias paulistanos.
Dias mais envoltos em publicidade do que aqueles por volta de 2006, assim que entrei na faculdade. Dias mais cheios de decepção, também. Não com menos sonhos, mas cheios de baques e tombos.
Afinal, de que é feita essa vida adulta senão de caídas? Nunca vi um adulto cheio de sonhos e felicidades por conseguir comprar um livro que tanto esperava, ou por ficar feliz com o lançamento do Harry Potter [ponto no qual eu me encontro, com bastante confusão interna a respeito de que devo ou não deixar entrar na minha vida adulta].

Daí eu fico pensando, entre um bocado de coisas, sobre o que fazer com a minha vida. Acho que a melhor profissão do mundo é a do escritor. Antigamente eu achava que atores viviam melhor, por viverem vidas, por serem não importa quem, mas serem. Acontece que eles sentem menos, acho eu. Defendo atores que se envolvem e que conseguem sumir no meio de um papel. Mas eles sentem menos.
São os escritores que têm dentro deles vários mundos, várias vidas, várias histórias. São eles que precisam colocar para fora o que já existe dentro deles, que ninguém criou.

Ser adulta. Ter 21 anos. Estar bem no ponto. final para decisões. At least, segundo os padrões do mundo ocidental. Cobranças, dinheiro, network. É agora que eu me vejo segurando no que acredito ou acreditava até uns anos atrás com as pontas dos dedos, quase escapando.

E sei dizer que a sensação final é: merda. Eu, às vezes, sei o que quero. Não sei como vai ser, though, o que me deixa muito mais feliz.