quinta-feira, agosto 24, 2006


O que é uma cidade natal além de um porto?
Quando a gente acha que as pessoas não funcionam mais pra isso e que ninguém na imensidão marrom e azul te ajudaria por vontade-própria-sem-nada-em-troca. Para isso que existem as cidades natais. Com irmãos, pai e mãe, cachorro e patinhos. Com passeios noturnos cujo único perigo é o maníaco bêbado que canta músicas de escolas de samba que não mete mais medo em ninguém.
Batatais não me dá orgulho, mas me dá colo. É a velha relação de amor e ódio. Meus vínculos são mantidos pela família e pela praça que me deu chão para as primeiras cambalhotas. Pela escolinhazinha que era estranha depois do Sul e de Sumaré.
Há as fofocas? Há. Há a opinião de cada vizinho seu sobre quem é seu namorado? Há. Há palpite em roupas? Há multidão te olhando quando você vai sair de carro pela primeira vez? Há vizinhas trazendo bolo de chocolate quando você está doente?
É, é pequeno, eu sei. Mas é meu. E, vai me fazer um bem filho da puta nesse fim de semana.

Ou não.


Tem arco-íris e água. Iuhul!

Bleh. Tem tudo isso.
Tá faltando alguma coisa.

Um comentário:

neferthais disse...

falta né? mas é bom estar em casa, mesmo com tudo isso que vc falou. já assistiu "doce lar"? fala bem disso.
bjos