Hum, retrospectiva?
Nah, só um post piegas de volta-pra-casa-e-senta-no-computador-direito. E, coincidentemente, é o primeiro post de 2007 e tal. É divertido, vai.
2006. 2006 foi um ano, diferente. Eu não sei se ainda é o melhor ano da minha vida porquê ainda não trabalho, mas ele tá todo próximo disso. Esse ano eu fui pra faculdade, voltei a beber, tive sexo e amor, tive amigos, tive música, tive desenvolvimento, tive escrita, tive solidão e companhia, tive leitura, tive São Paulo e Batatais.
Em primeiro lugar, eu entrei na USP. E entrar na USP é, sim, tudo isso o que vocês estão pensando. Aquilo se tornou minha razão de viver facinho, facinho. Ahn, e eu sinceramente acho isso por culpa da ECA, que é o melhor lugar do universo todo depois do meu apartamento. As pessoas, a minha turma de Publicidade, o Gautiê, a Dona Hermínia e o CAC, a ECA Jr., as aulas do Aquino que não serviam pra nada, os tempos na prainha, alguma Quinta&Breja, todas as conversas, tudo, tudo tudo. Ô tesão de faculdade, rapaz.
Meu apartamento. Morar sozinha não é sinônimo de liberdade e independência, mas é o mais próximo disso. Ter uma responsabilidade de limpar um lugar e se alimentar direito, mesmo que a todo momento existisse uma vozinha na minha cabeça dizendo 'larga isso, sua universitária'. Rá, e o que é morar sozinha? É ter todo o tempo do mundo pra você, dançar de calcinha na frente do espelho, inventar alguma coisa pra comer, chamar as meninas para dormir em casa ou assistir a algum jogo da copa regado à cerveja. Chorar e entrar em desespero quando o telefone toca. Tive porres fenomenais sozinha e comecei a ficar louca conversando com a televisão e sabendo que horas eram pelo itinerário do ônibus. Já tive problemas gigantescos com dinheiro, aprendi a economizar e a organizar contas. Aprendi a não ligar para mamãe quando fico doente, a tomar um remédio quando vou ficar gripada, a aguentar tudo o que me incomoda, a correr atrás do que é necessário.
As pessoas. A minha turma de Publicidade, sem exceção de nenhum deles, são umas das pessoas mais fantásticas que eu já conheci. Eu ganhei melhores amigas, mesmo, e que são bem parecidas comigo. Conheci rapazes inteligentíssimos. E todos eles são divertidíssimos, da minha turma. São as 20 pessoas mais unidas do universo, if I may say. E as moças de Biblio, claro. A Mari, a Mar e a Lih. Da Lih, sem qualquer palavra. E os moços de Biblio. E as pessoas de jornalismo e de cênicas. E as outras de Publicidade. E as da FEA, e da Física, de Letras, lá da USP Lost e da EACH, e de Sociais, Geografia, História [tá, isso é DCE]. Bleh, e teve todas as pessoas de fora da USP que eu conheci, na rua, nos bares, nas festas, nos shows e piqueniques no Ibirabuera com o Daniel.
Tive as da internet. Algumas que se tornaram reais, outras não, mas que estão como se fosse perto.
E, talvez a que talvez mais me fez ter alguma sensação ou crescer, o Raphael. Ahn, e bom, falar sobre ele não cabe aqui. After all, ele é meu namorado agora e tudo o mais.
Musicalmente falando, agora, eu cresci como nunca. Eu fucei em Cordel e em jazz, muito jazz. Senti melhor Zeca Baleiro e todas as bandas esquisitas que ninguém nunca ouviu falar. Tive mais contato com o samba e com o blues. Bleh, e, tá. Dancei tudo o que veio na minha frente. Aprendi a respeitar certas coisas em relação à música, oh ié.
Intelectual da Gábe. Por incrível que pareça, desenvolveu-se um pouco. Com a USP, tudo o que eu li e escrevi, o contato com o movimento estudantil, as peças, os shows, as exposições, os filmes.
São Paulo foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, disso não resta dúvidas. Mas se for esquecer o que aconteceu em Batatais, não. Apesar da internet, aproximei-me mais da Kika [o que resultou em uma declaração, mas vá lá]. Distanciei-me da Jollies e da Lou. Conheci melhor o Octávio. Tirei carteira de motorista. Teve o Bruno, que se tornou algo bem forte em mim. Teve o Zé Antônio. Teve alguma reconciliação com o Théo e um monte de não-falares com o Vinicius. O Guto, meu irmão, melhorou ânimos e é tudo em todos os momentos. O Higue cresce mais a cada dia. Meus pais, bom, sempre bem. Minha casa, ah minha cama.
Odeio cidade pequena, mas sempre volto.
Ah, 2006. Ô ano bom. Mas, como diz Mupy, 2007 é noves-fora. Veremos, veremos. Começa bem, already. ;p
terça-feira, janeiro 02, 2007
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Um comentário:
feliz ano novo
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