quarta-feira, fevereiro 28, 2007
I'm in for the fall? Han?
É, a USP forma pessoas criativas elevado ao milhão; pelo menos.
Then, vi se conseguia pegar o máximo de optativas possível, ocupar-me. Cheguei a cambalear em relação a essa decisão minha ao chegar em casa ontem, dobrando as pernas com um cansaço absurdo. Não, as aulas serão à noite, tenho tempo para dormir, tenho tempo nos finais de semana. Bleh, perder FFLCH com as Sociais e movimentação política, no way.
Hum, bandejão, descobrir a biblioteca do Instituto de Psicologia e deparar-me com o Roberto Freire do Raphael e da mocinha dele.
Churrasco dos Bixos na prainha. E, tá, 'vou entrar no CALC, tá aberto, porra'. Oi Luiz, oi Guilherme. Ao contrário do que o Rafa dizia, eles não são chatos ou foram menos simpáticos por eu fazer Publicidade. De lá, fui entregar-me à Aline, mocinha de Biblioteconomia que está no segundo ano e tem todo um histórico de lutas em razão das complicações geradas há uns dois anos no cursinho da Poli. Falamos, muito. Inclusive, meu desabafo por culpa do DCE atual, da UNE+UJS+Kizomba [é, kizomba, por que não?].
Latter, achando que não rolava nada além das conversas, sentei-me para uma partida de buraco. Nem tanto, Aline veio chamar-nos [eu e um bixo, o Alê] para a reforma do canil. Fomos, de bom grado, [ando abandonando as cartas].
Havia uma quantidade muito grande de entulho, pedras, terra, sujeira ao fundo do canil; e uma pequena quantidade de pessoas trabalhando. Paulinho é da minha altura, com cabelos até os ombros, ao estilo feminino chanel, pretos. Há uma barba que cobre o maxilar. E ele fala, sempre todo animado, sempre com vontade, movendo-se muito, olhando nos olhos fixamente. Deu-me uma sensação de segurança; no meio de todas as pessoas, ele era como o líder ou o que segura as pontas. Sorri e comecei a ajudar. Mesmo com a chuva.
Vi mais do Paulinho quando um pessoal da Sociais foi até lá, pelo CA deles, da gestão Calabar. Paulinho falou sobre a reforma que o Milanesi aprovou na ECA sem consultar o CALC, Atlética, Canil; pedindo um projeto da FAU [é, com um professor e três alunos abrange-se a FAU toda]; falou sobre Universidade Shopping, falou sobre a necessidade de fortalecimento do Movimento Estudantil em rumo a seriedade na ECA. Todas as pessoas ficavam sorrindo, sentindo-se bem. Acho que era o tom da voz.
Pedras, novamente; até que uma tal de Patrícia parasse todo mundo e analisasse tudo aquilo melhor. Manualmente, o monte de entulho não some. Nivelar, passar algo; seguindo os conselhos de um homem da USP Recicla que ajudava o CALC por lá.
No meio de tudo isso, Tom. Tom é alto, cabelos enrolados curtos, olhos vivos, e é daquele tipo de pessoa que te abraça no primeiro momento que te vê; como quando nos apresentamos a ele, dizendo boas vindas a mim e ao Alê. Rendi-me a uma conversa sobre a situação do Oficina com o muro do Silvio Santos. 'Agora há um muro de aço com concreto armado'. Tudo isso que o Silvio Santos faz é contra a lei, já que há uma limiar que proíbe qualquer construção a menos de um metro e meio do teatro. Aquilo é tombado, é história, é uma das contruções que eu mais gosto em São Paulo.
Com os sentimentos anarquistas de Tom, há uma idéia de pichar o muro depois da apresentação, no domingo. Tudo, claro, com o apoio do José Celso e do Uzina Uzona.
Muito o que falar sobre as pessoas, ainda, e sobre a revolta que fez com que Tom tirasse a roupa.
Ah, ECA. Oras, agora, fico contente, que no meu blog não há espaço para as minhas aflições internas.
Fico contente mesmo?
domingo, fevereiro 25, 2007
Anyway, o final é moralista e 'dedique-se ao seu filho e à sua família', o que eu, uma total individualista, não faria. Com 30 anos, sim, eu só teria os momentos dos beijos no campo de futebol. Guess I wasn't made for kids. Já sei, vou enclausurar-me. Ou vou ter uma casa, não, um albergue. Cheio de gatos e com um buraco nos quartos, já que eu sou vouyer. Nice. Com uma biblioteca-com-poltrona-vermelha-e-pouca-iluminação-para-que-eu-fique-cega-logo, trancada à chave. Teria pouco dinheiro, viveria em pequenos prazeres, raros, conquistados a muito custo. Um toddynho, uma lata de coca-cola, uma camiseta branca, uma hora em uma lan house em um bate-papo da uol com o nick de gostosona-sp-18, havaianas, uma viagem à praia.
Nah, mas o desenterrar de baús, os pés na grama, os livros, as noites, os discos juntados durante toda a vida.
Ah, fico nostalgica dos meus 30 anos. E, ah, cinema. Cinema, cinema, cinema.
sábado, fevereiro 24, 2007
Carnes: bovina, carneiro, cordeiro, pato, porco, vitela
Peixes e frutos do mar: camarão, caviar, caranguejo, marisco, mexilhão, ostra, polvo
Derivados do leite: creme de leite, sorvete, leite magro e integral, manteiga, requeijão. NO WAY.
I fell like being sick all the time.
Bah, evitar as bebidas, from now on. Cagadas depois de cachacas e cerveja e blues. E dirigir depois disso? Irresponsavel. E ligar para ele quinze vezes? Irresponsavel.
Vontade de sumir com esse blog. De sumir com o que eu construi de errado em tudo.
~ no sun will shine on my day today.
La, ne, na concrete jungle da Ceu. Hum, descobertas a respeito dela e aumento de respeito. Show? Logo.
Render-me ao forro e ao tango. Largar a faculdade pela danca e pelo amor ao corpo e a musica.
Depois da cantada do baixista-jack-johson do Sun Walk ['o quadril. seu quadril nesse vestido. seu quadril nesse vestido com o blues. voce e linda'], fico mais para mim.
Hum, e depois dos litros de lagrimas derramadas no Bruno e nas toalhas da mesa de canto da Cachacaria, tento. Eu juro que tento.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
We got married in a fever, hotter than a peppersprout
We've been talkin' 'bout Jackson, ever since the firewent out.
I'm goin' to Jackson
I'm gonna mess around
I'm goin' to Jackson
Look out Jackson town.
Oh yeah, hit me, hit me, hit me.
Porque Sun Walk toca Johnny-Cash-mesmo-não-sendo-blues e eu ficarei imensamente feliz.
E, oh yeah, god bless meus ataques sozinha de 'bom dia, eu te amo' fazendo uma moral com o namorado.
But I won't be waiting in Jackson.
E o from now on é melhor.
Sem disponibilidade, as Kika said. E a moça que me beijou no carnaval de Ouro Preto. E o moço que apertou meus braços com toda aquela pseudo virilidade típica.
A desculpa, a mim mesma, leitora única do blog, por beber às seis da manhã e ficar com cheiro e gosto de cachaça. Oh, eu contei que tenho gosto de cachaça pra quem?
domingo, fevereiro 11, 2007
- Quer montar uma banda?
- Quero.
- E se a gente fugisse para o Sul?
- Não, Minas.
- Banda de quê?
- Dupla de samba/mpb.
- Só nós dois?
- Até pode.
- Me dá seu telefone?
- Não. Pára.
- Eu te amo.
- Foda-se, Beto. Je pense que je suis affectueux avec un autre homme.
Beto era uma paixão semi-platônica dos meus 15 anos. Foi um casinho de verão no inverno, após o término do namoro com Diego e antes do início do com Theodoro.
Beto era 10 anos mais velho do que eu. Ainda é. Um ribeirão-pretano encantador que tocava 'Bess, you is my woman' do Miles Davis em violoncelo. Terminou o caso em busca de São Paulo. Foi quando nunca mais o vi e sofri por um rapaz. Rapidamente esquecido, claro, como todos meus homens na época.
Reencontrá-lo foi engraçado. Do nada, sozinha em um bar de esquina. 'Eu acho que te conheço'.
Conversas, comentários, novidades. Acusou-me de amores impossíveis. 'Como o nosso'. 'Eu nem sequer lembrava-me de você, Beto. Se manca'.
E pensava em Raphael. Pensava no que disse ontem a ele. Nos planos que acabei fazendo sozinha, rá. Ele tem medo de que tudo isso se torne real, no sentido de, real mesmo.
Não mais apoio.
sábado, fevereiro 10, 2007
Quando eu morrer,
não quero pessoas, não quero choro, não quero coroas nem cartõezinhos e fotografias ou lápides com frases de algum filósofo desencantado.
quero morrer sozinha. quero escolher quando morrer. um suicídio solitário, como se existissem milhares de outros tipos.
escolherei como será a morte. há algum charme pessoal envolvido no afogamento, que sempre me encantou. morrer rodeada de água fria, azul, verde, transparente. sem observação.
escreverei uma carta. longa. vastíssima. enrolada. confusa. culparei pessoas e não morrerei com ódio.
outra? morrerei por um tiro. longe. em aberto. sete dias depois de uma fuga alucinada. morrerei dizendo alguma palavra cuidadosamente escolhida.
'meu amor não se incomode, em prestar muita atenção'.
a atração pela morte, hoje. fuga, fuga.
tomei decisões, mudei de idéia, frustrei.
gosh, hoje é em letras minúsculas.
crescer, olha.
sexta-feira, fevereiro 09, 2007
Concerto de silêncio, para duas vozes
Surda era Otília.
Não ouvia as palavras de amor que ele dizia. Não ouvia as músicas de amor que ele cantava.
Deslizava os dedos sobre a boca do amado. E nada. Encostava o ouvido no violão. E nada. Nem som nem vibração chegavam até Otília.
Trancada no silêncio, sofria sem encontrar saída. Até que um dia, tomada de doce fúria, cravou os dentes no pinho que ele dedilhava. E penetrando pelos dentes, fluindo pelos ossos, infiltrando-se debaixo da pele, o som varou enfim, ofuscante, a cabeça de Otília.
Surda, porém, Otília não falava.
Não dizia do amor. Não dizia das músicas que agora lhe chegavam.
Afastado pela mudez, sofria ele em busca de saída. Que encontrou ao cravar os dentes, em doce fúria, no branco ombro de Otília. Percorrendo os dentes, deslizando pelos ossos, impregnando toda a pele, ouvindo a cadência suavíssima pulsar do som da amada, que enfim lhe chegava.
Como o por quê de eu só haver aprendido a digitar com o indicador e o dedo médio, ou de eu estar com gripe há duas semanas ou mais, ou minha irritação com tudo.
Acho mesmo que não passa de birra, de manha. Quando eu aprender a controlar certas coisas, as situações todas do mundo melhoram; inclusive a fome e a AIDS na África são culpa minha.
Vir aqui toda vez esperar por ele e cobrar algum retorno é imbecil. São as tentativas de viver, o que a internet não possibilita. Não vou conseguir manter um relacionamento à distância através dela. [Rá, e lembrando que, nos meus tempos sem banda larga, mantinha um namoro com um rapaz de União da Vitória, no Paraná. E o detalhe é que as conversas só ocorriam aos finais de semana. Ahn, claro, das 48 horas, 30 eram passadas na frente do computador, mas vá lá].
Talvez isso aqui nunca vai nos deixar viver, nos fazer crescer. Como ele mesmo disse, ele cresceu tanto, tá tudo tão direitinho; e não foi pelo tempo que ele passou por aqui. Não consigo evitar pensar que estrago um bocado de coisas, que não deveria apoiar tanto, fazer dele alguma espécie de refúgio de uma série de coisas esquisitas, esperar e tudo o mais.
[anuncio a vinda de alguma crise que não deveria existir, visto que depois dos 20 e tantos dias dele comigo, o quadruplicar de sentimento me dá alguma segurança].
As soluções para agora são bem vindas. Acho que a Flora mencionou 'prestar UFBA'. Nada tão grande, já que ele mesmo acha melhor que eu termine o curso e estude e tudo o mais. Contextuais, ié.
_carlos eduardo diz:
o q eh DCE!?
Ai, deuses.