Eu ando desligada e desconfortável. Que eu ficava vendo o 'The fascination of light and shadow' e olhando para o semi-lido Harry Potter em cima da mesa. E eu nem tenho bonequinhos de demonstração de humor no blog. Rá, she does.
Aliás, perder tempo, né? Como é que o Tom definia isso, enquanto estávamos bêbados no teto do Canil? É pensar em quando acaba só pra ver o quão importante as coisas foram. Isso era perder tempo? Para ele, também, perder tempo era ficar no seco enquanto tudo lá fora estava molhada. 'Sabe, Gábe, a gente corre pra chuva e sempre, tudo fica mais bonito e mais frio e mais choque e mais gostoso'. O Tom sempre me acompanha nisso, de sentimentalismo. Not the same for everybody, friso. Quando eu pensava nele e ligava, imediatamente, 'Corre pra cá que tem um fardinho de cerveja gelada'. E sempre era divertido o quanto a gente conversava. Ainda é. Tudo isso veio de saudade. Ele dormiu aqui hoje, depois do almoço, enquanto assitíamos a alguma filme de sessão da tarde.
Sabe, perder tempo, então, é não poder ligar e dizer 'posso te encontrar mais tarde'? Nah, ele tava errado quando disse isso um dia. Tô me sentindo imensamente nova, por conta de tanto. Não soam meus 19 anos que nunca dizem nada. Talvez, se a velhice viesse e eu pudesse me deitar com o Tom em uma cama, de mãos dadas, e conversaríamos sobre tudo o que passamos, e seríamos velhos e sábios de igual pra igual.
E eu nem tenho muitos amigos assim.
Quando eu começar a listar, eu lembro da Dani, da Kika, do Tom. De alguns outros. Até chego a encaixar o Raphael aqui, mas eu não seria encaixada de lá; ele nunca me procura quando precisa. Got used to it, talvez eu até ache que possa procurá-lo pra ouvir um 'sinto muito' e ficar bem. Or not. Há sempre aquelas pessoas para as quais eu tenho que ser forte e inatingível. E, engraçado, as minhas veias abertas - abertas por estas pessoas - sangram abertamente. E isso não acontecia.
Não sinto falta de ser fria. Minhas paixões crescem e eu sei o que é amar e ter tudo isso com planos. Sei, finalmente, para onde andar em qualquer coisa de pseudo-profissional que eu queria fazer. Fico melhor só, fico bem bêbada e quando fumo maconha.
Never better, ouviria; never better.
Hoje, eu listo Raphael e sorrio. Meu blog sai do fundo de angústia para a luz e eu penso em tanta coisa melhor. Bleh, soa como auto-ajuda. Salva por tudo, e por meu apartamento solitário nas tardes paulistanas.
Sabe, deu até vontade de ir ao cinema e pensar no Rapha e em como tudo tende ao triplo-melhor em dois anos.
terça-feira, agosto 14, 2007
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