sábado, outubro 28, 2006

Acabei por quase perder a paciência quando a Mupy me ligou às 6:20 da manhã, dizendo que viria pra cá. Deitei e dormi por uma hora, quando o interfone gritou alguma coisa. Ela subiu, com uma cara inconfundível de fim de festa. Disse para ela limpar o lápis dos olhos e fiz um pouco de café. Acho que ela está apaixonada.
Não nego contentação, claro. Gosto disso, depois de ter ouvido enquanto ela reclamava por achar que nunca encontraria alguém.

Mais tarde, ahn, pinacoteca e tal. A meta por lá era ver o conjunto do León Ferrari que, claro, defino toscamente em uma palavra: impressionante. De toda a inteligência dele, impressionou-me a força e as respostas. Gosto imensamente de coisas parecidas, como o que o José Celso ou o Cordel fazem.
Havia, também, uma exposição com fotografias de sertanejos e do nordeste. Enquanto o namorado da Dani seguia em um raciocínio prático, eu continuava enrolando-me na religião e nas explicações dela. Or not.
Almoço no mercado municipal e caminhada de volta para o metrô.

Longos vinte minutos de cansaço e vontade de hibernar. Não feito ao chegar em casa, quando deparei-me com uma carta do Rapha debaixo da porta, escrita em inícios de agosto. Pensei se ele precisava de mim como disse há dois meses.
O começo de resposta fez-me ver que eu não aguardo réplicas, mais. Foi um costume criado em um tempo longo de espera.
Tentei entreter-me colando alguma coisa na caixa em que guardo as coisas relacionadas a ele. Há anos eu não sujava as mãos de cola pré-escolar e não ria ao cortar alguma coisa com uma tesoura. Bleh. Sem tristezinhas criadas por ligar tudo ao que meu avô tem ou ao tempo que não leio algo que me fizesse sorrir.


Julguei-me maior que tudo isso. E ri de algum programa na televisão.

Um comentário:

neferthais disse...

Gabe, vc precisa muito vir morar comigo....