A proposta de ontem assustou-me mais do que pude demonstrar ao Rapha, por telefone.
Confesso que, com meus recém completados 19 anos, sou leiguíssima no assunto. E às vezes nem é culpa de ninguém, só minha mesmo, que ontem, pela primeira vez, consegui ter algo indescritível comigo mesma.
Bom, eu falo sobre sexo com qualquer pessoa e acho o assunto interessantíssimo. E as pessoas gostam de falar comigo sobre isso. Consigo fazer a Jéssica dissertar longos minutos e a Jollies perguntar como funciona alguma coisa. Olha que na minha casa, a minha formação nem se voltava tanto para isso. Há liberdade sim [apenas para tratar do assunto, é.] E digo que quase cresci achando que minha mãe havia casado virgem. Rá, pressões, pressões. Se não fossem os livros. O Kundera e a lista para tirar sarro da minha cara com livros e filmes que eu não poderia ver. Mas que vi, graças à existência dela.
Entretanto, depois de ontem tive sonhos sobre pessoas demais em um lugar só. Olhava para a Kika e percebia que, apesar da curiosidade, não havia uma vontade maior do que a que eu sinto pelo Rapha. Bom, pelo histórico, se eu gostasse de mulher, talvez tivesse um bom número disponível para escolha.
Essa história da Kika é complicada. Algo de melhor amiga perdeu-se quando ela fez uma espécie de declaração semi-esperada, enquanto eu já estava com uma certeza a respeito do Raphael e nem saberia pensar sobre o assunto. Devo tê-lo feito há um tempo já, quando aquela ruiva colocou um papel no meu bolso de trás da calça jeans. Nada, nenhuma vontade, nenhum tesão, nada. E aquela frase brega, chavão, clichê: 'Eu gosto é de homem'. E, um 'oh ié, mon dieu' pro meu namorado.
Assim, é culpa do livro e do dia de ontem.
Agora, não havendo aulas e como eu não acordei pensando em sexo hoje, melhor estudar para o italiano, fazer esse trabalho maldito de fim de semestre e estudar para o Mick Jagger.
quarta-feira, novembro 29, 2006
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2 comentários:
propostas um tanto tentadoras-estranhas-curiosas-assustadoras...
Tô pensando agora, não sei pq, o que o Waldenyr diria...certamente diria que essa relação passada próxima ontem hoje seria normal, se a sociedade não fosse como fosse, se os frankfurtianos e progressistas não fossem tão assexuados...
Talvez se os Zés não fossem tão zés
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