sexta-feira, dezembro 15, 2006

Hoje eu deveria apenas sorrir e cumprimentar umas cinco ou seis pessoas pela segunda fase conquistada da Fuvest; deveria deitar-me no sofá da sala com um pote de sorvete de chocolate enquanto assistia a terceira parte do 'Poderoso Chefão'; deveria ler um dos livros do Vinicius. Deveria render-me ao tédio gostoso de Batatais.

Mas não. Meu caráter temperamental não deixa e eu consigo ficar pior do que nunca, nesses dias. Comentei rapidamente com a Flora, hoje de manhã, em meio a novidades bem vindas, algo sobre o novo/velho problema. Não consigo, não consigo mais.
Vejo-me fraca e só uma, das pessoas de quem e esperaria, veio. O Raphael não demonstra interesse. Diz que me sente estranha, mas nada mais. Bleh, acostumei-me, quando meu avô morreu, a não esperar, a não sofrer. Forçadamente, desapeguei-me da sensação de que ele estaria sempre aí pra mim. A faculdade não deixa, ou mentira. O DAMED não deixa, ou não. Mais uma vez, imponho-me algo como um homem ocupado, sem tempo. Queria um bocado? Não, not anymore.
O problema aumenta enquanto ele não vem. Nada tinha a ver com ele. Agora tem? Não. Perco-me na vida a custa de aventuras. Tenho bebido e ficado até amanhecer andando pelas ruas. Não sinto peso, vem aquilo do que tenho passado aqui em casa, que não exponho. Vem aquilo que comentei com a Kika ontem, a respeito da falta de liberdade, e do sexo e a bebida terem se tornado algo tão meu que já não pesa.

Fortaleza virou uma disputa, agora, por direitos. Perco a reunião de planejamento. Perco vontade de falar. Afundo-me, a cada dia. Talvez seja isso o que afasta o Raphael. Maybe not, pensando que, se ele não ler o post, não fica sabendo de nada.
O Bruno disse que estou me desapegando, e que sente por isso. Disse, também, que o passado não deveria pesar tanto e que todos os dias na internet é chato. Não deveria ser, quando eu sentia arrepios nos braços a cada vez que ele entrava.

Ontem, na fazenda, vi que o pior era não saber o que ele estava fazendo naquele momento. Não, não por crise possessiva, mas pelo interesse enorme que tenho nele.
Há quantos meses, quantos meses sem carta? Quantos dias sem e-mails? Não fico online no msn, não quero esperá-lo mais. Saio, caminho, afundo-me em pensamentos. Meu relacionamento com ele? Discutimos algo e não temos perspectivas. Temos planos estabelecidos que me fazem sorrir, ainda.
Mas, não o sinto, não o sei, não o encontro. Sentir falta? Se fosse mais, afogaria-me em lágrimas.



É, eu tenho três datas no nosso relacionamento. Daqui a uns dias, seis meses sem você. Eu morro pensando no nosso amor. Que dá tudo certo, e que eu adoro meus ataques, sinto por você. Sempre me entreguei sem pensar, e que a saudade existe e, se vem, é tão triste, ver. Um jazz bonito, da mulher que adora e admira o homem, e que sabe ser fantástica, inteligente, fascinante, mas que não tem isso do amor. Agora? Um amigo em comum me receita um barman e te diz 'cuidado'.

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