- Poor you.
- Quer montar uma banda?
- Quero.
- E se a gente fugisse para o Sul?
- Não, Minas.
- Banda de quê?
- Dupla de samba/mpb.
- Só nós dois?
- Até pode.
- Me dá seu telefone?
- Não. Pára.
- Eu te amo.
- Foda-se, Beto. Je pense que je suis affectueux avec un autre homme.
Beto era uma paixão semi-platônica dos meus 15 anos. Foi um casinho de verão no inverno, após o término do namoro com Diego e antes do início do com Theodoro.
Beto era 10 anos mais velho do que eu. Ainda é. Um ribeirão-pretano encantador que tocava 'Bess, you is my woman' do Miles Davis em violoncelo. Terminou o caso em busca de São Paulo. Foi quando nunca mais o vi e sofri por um rapaz. Rapidamente esquecido, claro, como todos meus homens na época.
Reencontrá-lo foi engraçado. Do nada, sozinha em um bar de esquina. 'Eu acho que te conheço'.
Conversas, comentários, novidades. Acusou-me de amores impossíveis. 'Como o nosso'. 'Eu nem sequer lembrava-me de você, Beto. Se manca'.
E pensava em Raphael. Pensava no que disse ontem a ele. Nos planos que acabei fazendo sozinha, rá. Ele tem medo de que tudo isso se torne real, no sentido de, real mesmo.
Não mais apoio.
domingo, fevereiro 11, 2007
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Um comentário:
o q eu faço sem vc?
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