sábado, fevereiro 10, 2007

Quando eu morrer,

não quero um enterro cristão, não quero um enterro budista, não quero religião na minha morte. não quero um deus imaginário que existe dentro das pessoas vivas.
não quero pessoas, não quero choro, não quero coroas nem cartõezinhos e fotografias ou lápides com frases de algum filósofo desencantado.
quero morrer sozinha. quero escolher quando morrer. um suicídio solitário, como se existissem milhares de outros tipos.
escolherei como será a morte. há algum charme pessoal envolvido no afogamento, que sempre me encantou. morrer rodeada de água fria, azul, verde, transparente. sem observação.
escreverei uma carta. longa. vastíssima. enrolada. confusa. culparei pessoas e não morrerei com ódio.
outra? morrerei por um tiro. longe. em aberto. sete dias depois de uma fuga alucinada. morrerei dizendo alguma palavra cuidadosamente escolhida.

'meu amor não se incomode, em prestar muita atenção'.





a atração pela morte, hoje. fuga, fuga.
tomei decisões, mudei de idéia, frustrei.

gosh, hoje é em letras minúsculas.
crescer, olha.

Um comentário:

Anônimo disse...

Passarei na sua casa hoje
Vamos sair hoje
prometo que nao canto veja bem meu bem