Eu tenho certeza de que ontem de madrugada eu morri umas três ou quatro vezes;
Morri umas três ou quatro vezes por não saber reagir,
Morri umas três ou quatro vezes por não conseguir me mexer na cama,
Morri umas três ou quatro vezes por não conseguir ter outro argumento além de 'eu te amo' para que ele nunca mais fosse embora,
Morri, mais do que nunca, ao tentar sentir hoje, como seria uma vida sem ele.
Sabe a única coisa que eu consegui? Fechar os olhos no ônibus e chegar em casa para cair aos prantos no chão.
Nunca, em toda a minha vida, nesse 'um ano', eu me senti tão fraca; sem força nenhuma pra pedir que ele ficasse; sem condições de saber conversar. E isso é a maior demonstração, Dani, do egoísmo.
Talvez ele precise ficar sem mim. Talvez ele precise focar na vida dele. Talvez não dê certo.
Ah, o talvez tem me incomodado tanto, tanto.
E o que vinha à minha cabeça era a imagem minha pendurada no pescoço dele, sorrindo, enquanto ele dizia que queria passar o resto da vida comigo.
Vai ser, bem muito, uma semana difícil.
sexta-feira, março 30, 2007
quarta-feira, março 28, 2007
segunda-feira, março 26, 2007
Quando eu crescer, serei mais bonita e mais feliz.
Hoje, né, tirei meu dia.
Tirei o escambau. Fui pra casa do Rafael beber café com rum e conversar sobre amor e moral ouvindo Lazlo Bane. Fazia tempo que não o via. Ele dizia que era o relashionship status do orkut que o impossibilitava. 'Married'; 'foi tudo culpa dela'. De onze e meia às duas, como período de almoço dele.
Voltando pra casa, com o Zeca Baleiro resmungando no meu ouvido o tempo todo, busquei a força de que precisava. Terminei de digitar aquela porcaria que falava sobre uma porção de materiais da engenharia do meu pai e só consegui começar a estudar quando eram mais ou menos 15 para às cinco.
Consegui, ainda por cima, ler três textos. Algum curtíssimo que mencionava Antônio Cândido apaixonadamente, outro sobre um debate de Kepler com sabe-se-lá quem, e o do maldito Shimp-pseudo-Lupetti falando sobre promoção de vendas [é, pra quem fez um trabalho com mais de sessenta páginas sobre isso, domina-se um bocado o assunto].
Perdi a reunião do Canil e o Paulinho e a Pati devem estar putos. Mas, oras. Por mim e pelo Rafa; eu realmente precisava adiantar alguma coisa. Chegava a dar um aperto de pensar nisso tudo.
Odeio, monstro, forte, forever, grande, junior; ver meu blog sendo transformado em um mero diário. Não funciona assim, não deve ser assim. Não para uma pessoa como eu.
'Cuidado com o que te transforma. Agarre-se no que você é'.
Rá, amanhã há o Ato no HU. Vejamos. Perdi a Plenária da qual a Sue tanto falou. Oh well. Maldição. Volta, Gábe, volta. Se enfia nisso, logo.
Hoje, né, tirei meu dia.
Tirei o escambau. Fui pra casa do Rafael beber café com rum e conversar sobre amor e moral ouvindo Lazlo Bane. Fazia tempo que não o via. Ele dizia que era o relashionship status do orkut que o impossibilitava. 'Married'; 'foi tudo culpa dela'. De onze e meia às duas, como período de almoço dele.
Voltando pra casa, com o Zeca Baleiro resmungando no meu ouvido o tempo todo, busquei a força de que precisava. Terminei de digitar aquela porcaria que falava sobre uma porção de materiais da engenharia do meu pai e só consegui começar a estudar quando eram mais ou menos 15 para às cinco.
Consegui, ainda por cima, ler três textos. Algum curtíssimo que mencionava Antônio Cândido apaixonadamente, outro sobre um debate de Kepler com sabe-se-lá quem, e o do maldito Shimp-pseudo-Lupetti falando sobre promoção de vendas [é, pra quem fez um trabalho com mais de sessenta páginas sobre isso, domina-se um bocado o assunto].
Perdi a reunião do Canil e o Paulinho e a Pati devem estar putos. Mas, oras. Por mim e pelo Rafa; eu realmente precisava adiantar alguma coisa. Chegava a dar um aperto de pensar nisso tudo.
Odeio, monstro, forte, forever, grande, junior; ver meu blog sendo transformado em um mero diário. Não funciona assim, não deve ser assim. Não para uma pessoa como eu.
'Cuidado com o que te transforma. Agarre-se no que você é'.
Rá, amanhã há o Ato no HU. Vejamos. Perdi a Plenária da qual a Sue tanto falou. Oh well. Maldição. Volta, Gábe, volta. Se enfia nisso, logo.
quarta-feira, março 21, 2007
'Pois é..'
'Assim você vai perder ele'
'Não há como um perder o outro'
'Ah é, esqueci que vocês não se pertencem mais'
'Não sei se funciona assim..'
'Funciona. Com o tempo, vocês vão criar uma espécie de ódio um pelo outro, uma repulsa. Vocês estão impedindo-se de crescer, tanto ele, que te negligencia e sequer vem te ver quando tem a possibilidade, e você, por ser cretina por não respeitar o tempo dele'
Alguém sabe o que eu posso responder?
'Assim você vai perder ele'
'Não há como um perder o outro'
'Ah é, esqueci que vocês não se pertencem mais'
'Não sei se funciona assim..'
'Funciona. Com o tempo, vocês vão criar uma espécie de ódio um pelo outro, uma repulsa. Vocês estão impedindo-se de crescer, tanto ele, que te negligencia e sequer vem te ver quando tem a possibilidade, e você, por ser cretina por não respeitar o tempo dele'
Alguém sabe o que eu posso responder?
domingo, março 18, 2007
'(...)Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.'
'fornication makes you happy'.
A música é triste, na verdade. Não me lembro de que parte do filme ela era, muito menos o nome. Acho que era quando ela chorava no chão do quarto.
Vontade de voltar a tocar piano. Ou começar algo novo.
Aulas de tango, oh ié. De volta a tudo e às pernas.
Eu devia estar fazendo um monte de coisas, mas não irei, at leats not now. Meu bom humor torna-se sarcástico enquanto eu escuto 'The rise and fall of Ziggy Stardust'. Engraçado, o achar Christiane F. bonita demais. E o achar que drogas, oh well.. Bizarro até onde tudo vai, até onde tudo é eliminado.
A minha noite foi excelente. Escrevi muito, e voltando a tudo. Dormi quase 12 horas e, rá, é incrível. Só, uma incrível vontade de morar só novamente. Saudade dos tempos de calcinha andando pelo apartamento. Irritação com o acúmulo de sujeira e da negligência do meu irmão.
É o papel que me salva. É a carta para o Rapha. São minhas mãos hoje.
A lentidão do tempo me ajuda a sorrir e a respirar mais fundo.
Hoje, eu amo. E só.
'óquei, she's cute'
sexta-feira, março 16, 2007
quarta-feira, março 14, 2007
He was not here.
A coisa que a gente mais odeia é: mocinha número um gosta de mocinho número um. Mocinho número um não gosta de mocinha número um. Mocinho número dois gosta de mocinha número um. Mocinha número um não gosta de mocinho número dois.
Ah bleh. Leis da natureza, leis irreversíveis não importa o que aconteça. O que é engraçado, para falar a verdade. Um corre-corre bem digno de Quadrilha e Drummond.
Que nem a fotografia do corredor da graduação.
Que nem a sensação da maconha.
A coisa que a gente mais odeia é: mocinha número um gosta de mocinho número um. Mocinho número um não gosta de mocinha número um. Mocinho número dois gosta de mocinha número um. Mocinha número um não gosta de mocinho número dois.
Ah bleh. Leis da natureza, leis irreversíveis não importa o que aconteça. O que é engraçado, para falar a verdade. Um corre-corre bem digno de Quadrilha e Drummond.
Que nem a fotografia do corredor da graduação.
Que nem a sensação da maconha.
sábado, março 10, 2007
O Thiago me deu carona ontem. Ele, ex-namorado do Alê. Falou-me sobre todos os seus relacionamentos aproveitando a lentidão das 19:00. Falei-lhe, também, sobre os meus. Ele, rá, é divertidíssimo. E, olha, usamos o tempo no trânsito para nos conhecermos.
Sem FestECA, rendi-me ao 'Assédio' e a alguma Heinekein. Sozinha, escrevi. A carta dele tomou proporções cansativas pela quantidade de páginas.
Hoje eu não soube as razões da dor de cabeça. Ela começou devagar, toda vez que eu abaixava e ficava meio com ela pra baixo, havia algo martelando no ritmo do coração, perto da nuca. E, por levantar-me rápido, ela percorria toda a cabeça de forma lenta, fazendo-me fechar os olhos com força e resmungar alguma coisa.
Enquanto passavam as horas, ela aumentava e tomava conta de qualquer lugar possível. Fiquei impossibilitade de sequer olhar para cima. A dor era insuportável. Achei que precisava comer e desci a Teodoro em busca de comida de verdade. Nem muita melhora, enquanto a subia de volta e quase sentava no chão de tamanho incômodo.
São, hmm, 21:36 e ela não passou. Li todos os textos possíveis, fugindo do Kotler, e ela não passou. Houve, claro, o amortecimento pós-álcool, mas de volta a dor.
Hoje, chego à conclusão que não sou dramática e que estou morrendo. [altíssimo teor irônico].
A Line me chamou para o 'Outs' e o Marcello para um almoço na casa dele, amanhã. Quem não vou a nada disso por culpa da doença e da limpeza no apartamento e de estudar?
God damn it. O período de reclusão torna-se verdadeiro.
Oh yeah, I touch myself.
Sem FestECA, rendi-me ao 'Assédio' e a alguma Heinekein. Sozinha, escrevi. A carta dele tomou proporções cansativas pela quantidade de páginas.
Hoje eu não soube as razões da dor de cabeça. Ela começou devagar, toda vez que eu abaixava e ficava meio com ela pra baixo, havia algo martelando no ritmo do coração, perto da nuca. E, por levantar-me rápido, ela percorria toda a cabeça de forma lenta, fazendo-me fechar os olhos com força e resmungar alguma coisa.
Enquanto passavam as horas, ela aumentava e tomava conta de qualquer lugar possível. Fiquei impossibilitade de sequer olhar para cima. A dor era insuportável. Achei que precisava comer e desci a Teodoro em busca de comida de verdade. Nem muita melhora, enquanto a subia de volta e quase sentava no chão de tamanho incômodo.
São, hmm, 21:36 e ela não passou. Li todos os textos possíveis, fugindo do Kotler, e ela não passou. Houve, claro, o amortecimento pós-álcool, mas de volta a dor.
Hoje, chego à conclusão que não sou dramática e que estou morrendo. [altíssimo teor irônico].
A Line me chamou para o 'Outs' e o Marcello para um almoço na casa dele, amanhã. Quem não vou a nada disso por culpa da doença e da limpeza no apartamento e de estudar?
God damn it. O período de reclusão torna-se verdadeiro.
Oh yeah, I touch myself.
quinta-feira, março 08, 2007
dia internacional da mulher.
Dia internacional da mulher me lembra Raphael, me lembra machismo, me lembra fábrica+explosão. E, a partir de agora, vai me lembrar dia de bala de borracha nas costas.
Tá, maré de sorte e outras coisas mais.
Para começar, o lado divertido foi que tenho conseguido certas coisas. A bolsa de iniciação científica relacionada com imagens e publicidade e uma mulher da Ogilvy ligando, com interesse no meu currículo para receber uma boa quantia em dinheiro.
Mas, tem que ter o lado bizarro. Claro que eu fui até a Paulista dar uma olhada nas manifestações anti-Bush e pró-feminismo. Com o anarquismo do Tom, cantei um bocado e gritei e tal, mesmo sem entender tudo isso. Quando vai, a gritaria aumenta, policiais e manifestantes começam a se agredir e, tadã! Levo uma bala de borracha bem no lugar de um dos rins.
A dor, deuses. Corri com as mãos nas costas, desesperada, para longe da multidão. Sentei-me na calçada e curvei-me de dor. O resto dos meninos veio correndo e um deles sangrava no braço, foi atingido por uma pedra. Nossa. Fazia quase um mês que eu não sentia nenhuma dor corporal parecida com essa.
Tentamos tirar o Tom do meio da briga e fomos até um carro para tentar ir para a casa de alguém. Gelo, curativos e uma marca bem vermelha/roxa/verde nas costas. Nem ao menos parei para pensar em tudo isso, no sentimento de revolta que tomou conta de mim enquanto sentia-me parte da multidão. Parecia que todos os problemas de todas as pessoas saiam, vomitados, através dos timbres das 6000 vozes. A sensação era de, pela primeira vez, sentir uma revolta. Mesmo que tenha sido feita por uma maioria de classe média..
A bala de borracha torna-se uma lembrança, uma marca do que o envolvimento com os movimentos estudantil e social podem me trazer.
E, querem saber, um arrepio de satisfação toma conta do meu corpo.
Tá, maré de sorte e outras coisas mais.
Para começar, o lado divertido foi que tenho conseguido certas coisas. A bolsa de iniciação científica relacionada com imagens e publicidade e uma mulher da Ogilvy ligando, com interesse no meu currículo para receber uma boa quantia em dinheiro.
Mas, tem que ter o lado bizarro. Claro que eu fui até a Paulista dar uma olhada nas manifestações anti-Bush e pró-feminismo. Com o anarquismo do Tom, cantei um bocado e gritei e tal, mesmo sem entender tudo isso. Quando vai, a gritaria aumenta, policiais e manifestantes começam a se agredir e, tadã! Levo uma bala de borracha bem no lugar de um dos rins.
A dor, deuses. Corri com as mãos nas costas, desesperada, para longe da multidão. Sentei-me na calçada e curvei-me de dor. O resto dos meninos veio correndo e um deles sangrava no braço, foi atingido por uma pedra. Nossa. Fazia quase um mês que eu não sentia nenhuma dor corporal parecida com essa.
Tentamos tirar o Tom do meio da briga e fomos até um carro para tentar ir para a casa de alguém. Gelo, curativos e uma marca bem vermelha/roxa/verde nas costas. Nem ao menos parei para pensar em tudo isso, no sentimento de revolta que tomou conta de mim enquanto sentia-me parte da multidão. Parecia que todos os problemas de todas as pessoas saiam, vomitados, através dos timbres das 6000 vozes. A sensação era de, pela primeira vez, sentir uma revolta. Mesmo que tenha sido feita por uma maioria de classe média..
A bala de borracha torna-se uma lembrança, uma marca do que o envolvimento com os movimentos estudantil e social podem me trazer.
E, querem saber, um arrepio de satisfação toma conta do meu corpo.
sábado, março 03, 2007
minha honey, baby.
'telefone não basta ao desejo, o que mais invejo é o que não vejo.'
e
'o que importa,é que já não me importa, o que importa, é que ninguém bateu em minha porta, é que ninguém morreu, ninguém morreu por mim.'
E isso e pronto e acabou. Novamente, há cartas e cartas por aqui. Mas não seriam correspondências, anyway, no sentido real da palavra. Eu tenho ciúmes [eu tenho crises absurdas por ciúmes], eu sou assaz insegura. Claro, há o mínimo interesse por alguma mulher [hum, inocente?], alguma vontade, um olhar. No meio em que ele está agora, qualquer uma é melhor do que a pobre mocinha do interior que não sabe conversar nem como funciona uma série de coisas. Há uma facilidade no depois, para ele, que não viria mais e esperaria. Para mim, não. Que, como disse o rapaz, destruo certas coisas por outras. Sorry, anyway.
Deixaram-me um livro na portaria do prédio com a seguinte frase na segunda folha: 'Para ela'. Há paixões flutuando e, rá. Ri do livro, 'Travessuras da menina má'. Who tha hell?
Por mim, largaria a faculdade pelo amor à arte, à escrita, à poesia. Para escrever e só, já que o meu forte [e único] é o apego as emoções, sentimentos, momentozinhos quaisquer.
Pretty woman, yeah yeah yeah; Pretty Woman, look my way; Pretty woman, say you'll stay with meeeee.
Oh, Roy Orbison.
e
'o que importa,é que já não me importa, o que importa, é que ninguém bateu em minha porta, é que ninguém morreu, ninguém morreu por mim.'
E isso e pronto e acabou. Novamente, há cartas e cartas por aqui. Mas não seriam correspondências, anyway, no sentido real da palavra. Eu tenho ciúmes [eu tenho crises absurdas por ciúmes], eu sou assaz insegura. Claro, há o mínimo interesse por alguma mulher [hum, inocente?], alguma vontade, um olhar. No meio em que ele está agora, qualquer uma é melhor do que a pobre mocinha do interior que não sabe conversar nem como funciona uma série de coisas. Há uma facilidade no depois, para ele, que não viria mais e esperaria. Para mim, não. Que, como disse o rapaz, destruo certas coisas por outras. Sorry, anyway.
Deixaram-me um livro na portaria do prédio com a seguinte frase na segunda folha: 'Para ela'. Há paixões flutuando e, rá. Ri do livro, 'Travessuras da menina má'. Who tha hell?
Por mim, largaria a faculdade pelo amor à arte, à escrita, à poesia. Para escrever e só, já que o meu forte [e único] é o apego as emoções, sentimentos, momentozinhos quaisquer.
Pretty woman, yeah yeah yeah; Pretty Woman, look my way; Pretty woman, say you'll stay with meeeee.
Oh, Roy Orbison.
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