Ali, naquele bar a três quarteirões da minha casa em Batatais, fiquei pensando na dimensão tempo. Duas amigas de longa data sentadas comigo em uma mesa com cerveja sendo bebida a uma velocidade bem mais lenta que há três, quatro anos atrás.
A Emília e a Laíza eu conheço muito bem. São grandes amigas minhas, desde épocas em que lançavam filmes em vídeo e vinis eram top.
mas. O que fez tudo isso durar tanto tempo? Era aquilo que eu defendia?; que a sensação de familiaridade, de bem estar, faz com que determinadas pessoas sejam mantidas em nosso círculo de amizades? Que elas se tornam tão reconhecíveis que partir para novas companhias traz aquela sensação de desconforto que só as novidades sabem como nos dar?
Pensei em tudo o que aconteceu. De como eu quebrei meu braço esquerdo para não deixar a Emília bater a cabeça no chão em uma queda de cavalo. Pensei em como o Théo traiu a Laíza comigo, em meados de 2004.
São raras as pessoas que eu deixei ficar na minha vida, ou mesmo que realmente quiseram ficar por aqui. Eu nunca soube, na verdade, manter uma amizade. Deve ser porque elas também nunca souberam muito bem fazê-lo que nos damos tão bem. As nossas regras de relacionamento são mais simples que as dos outros.
Encostei na cadeira e sorri. Pensei no quanto era sortuda com aquelas duas. E resolvi marcar no blog só uma brincadeira para que eu não me esquecesse dessa facilidade que eu tenho lá em Batatais.
quarta-feira, agosto 19, 2009
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