A gente fracassa em tons ligeiramente loiros e ainda fica feliz. Um entorno, delineado com muita atenção. Ou era um crime imperfeito?
Nah, depois do post da tpm, quem quer que seja que leia isso, vai apontar e gritar 'é culpa dela! é culpa dela' [duas vezes pra criar um cenário dramático].
O que escrever sobre angústia? Ah, angústia guardada por três dias? Não creio que conseguirei [felicidade]. Achando que era para ter escrito sobre isso antes. Há folhas e folhas vazias, jogadas no vácuo, e aquela velha sensação de amargo na língua.
Passei duas semanas repletas de encantamentos e risadinhas. Companhias divertidas.
Dou-me um mês. Um mês da mais completa 'solidão'. E torno-me novamente quem eu fui.
Se gosto? Nada me dá mais prazer.
A julgar pela ironia dos fatos.
domingo, julho 30, 2006
sábado, julho 29, 2006
quarta-feira, julho 26, 2006
'Mas tá velha minha filha, hein?'
Frase célebre, dita a cada três dias pelo meu pai desde que entrei na faculdade.
Coloca numa plaquinha, vá.
É, é isso mesmo. A Gábe tá velha.
[Ah, vão pára com esse charminho imbecil? Tá com 18 anos só. Não pode fazer muita coisa ainda, vive do dinheiro dos pais, é uma das pessoas mais mimadas da face da terra.]
Mas tô sim, tá?
Na verdade, acho que estou perdendo a noção do tempo. Eu vejo isso pelos meus irmãos e o quanto eles cresceram. O Guto? Nossa. O Higue? Mon dieu. Vai tudo dando medo.
Como eu disse, eu sou uma vagabunda em potencial. Eu durmo, eu morro na internet, eu tenho preguiça de pensar em certas ocasiões.
Ah yah.
Õnibus pra São Paulo às 5:45 da manhã. Isso é normal? Não, é lindo.
'Te amo, São Paulo', como dizia o Tom.
Mas acho que tudo isso vai piorar quando minha carta de motorista chegar. Ou quando eu receber meu primeiro salário.
Pelos poderes.
Frase célebre, dita a cada três dias pelo meu pai desde que entrei na faculdade.
Coloca numa plaquinha, vá.
É, é isso mesmo. A Gábe tá velha.
[Ah, vão pára com esse charminho imbecil? Tá com 18 anos só. Não pode fazer muita coisa ainda, vive do dinheiro dos pais, é uma das pessoas mais mimadas da face da terra.]
Mas tô sim, tá?
Na verdade, acho que estou perdendo a noção do tempo. Eu vejo isso pelos meus irmãos e o quanto eles cresceram. O Guto? Nossa. O Higue? Mon dieu. Vai tudo dando medo.
Como eu disse, eu sou uma vagabunda em potencial. Eu durmo, eu morro na internet, eu tenho preguiça de pensar em certas ocasiões.
Ah yah.
Õnibus pra São Paulo às 5:45 da manhã. Isso é normal? Não, é lindo.
'Te amo, São Paulo', como dizia o Tom.
Mas acho que tudo isso vai piorar quando minha carta de motorista chegar. Ou quando eu receber meu primeiro salário.
Pelos poderes.
segunda-feira, julho 24, 2006
Ah, saudade.
Ainda há algo de muito bom em achar músicas do Borghettinho espalhadas pela internet.
São os clássicos, como naquele dia em que eu achei um cedê do Simon & Garfunkel perdido em velhos documentos.
Fui a um show dele, da última vez que estive em Canela. Foi bem perto do natal e ele usava bombachas e uma camisa meio aberta branca. Ventava muito e o chapéu dele voou longe, acho que para alguém da platéia. Foi uma apresentação em frente à capela de pedra da cidade. Várias pessoas choravam ao meu lado, principalmente no momento em que ele tocou 'Felicidade' e todos os gaúchos do mundo cantaram.
Eu ficava pensando em como o Rio Grande do Sul é protecionista. Talvez no bom sentido, pelo tanto que há de cultura e valorização dela por lá. Na minha última viagem pelo interior, de carro e até São Borja - bem na divisa com a Argentina -, eu presenciei muito do que é o Sul de verdade. Haviam churrascos e rodas de chimarrão, pessoas dançando o pézinho. Os cavaleiros de bombacha mesmo, e chicote, e botas de cano alto, e chapéu. Daqueles que falam com um sotaque fantástico e cospem no chão. Mulheres com saias longas e donas-de-casa-de-fazenda. Dos tocadores de gaita, do vanerão.
O que foi aquilo para os cinco primeiros anos da minha infância? Não faço idéia.
O que é aquilo pra mim, hoje? Meta, depois de Minas. E infelicidade, pelo estado de São Paulo.

Parque Farroupilha - 1998
sábado, julho 22, 2006
When we wanna sing, we sing.
Hoje a Carol chegou toda animadinha na aula de inglês, enquanto eu e o Daniel colocávamos assuntos em dia. 'Controversial issues!'. Olhamos, sem entender. 'Let's have a conversation class, ok? And, yes, let's talk about a controversial subject!'. Well, o que eu e o Daniel poderíamos fazer? 'Claro, Carol.'
Acho que ela enfiou o dedo em qualquer parte de um livro cujo título era alguma-coisa-and-taboos. 'Rá, death'. Olhei bem pra ela e para o meu colega de classe. 'Carol, you know that Daniel will discuss something only for the pleasure to disagree with me, don't you?'. Ela respondeu que sim, e que era mais divertido.
Não sei por quê cargas d'água, o assunto desviou para religião e para o meu ceticismo. Tá, sei o por quê de ter desviado para religião, mas eu fui o alvo de questionamentos. E, para falar, o Daniel se deliciava com cada respostinha metidinha de menininha rebelde que sou. A Carol ria, e dizia que era porque ele não podia discutir algo tão profundo quanto morte com a namorada dele. Hum, e ele nem ficou bravo.
Acho que eles ficaram tristes pela minha auto criação religiosa, ou não. Contava que, quando minha avó morreu, eu lia Saramago. Foi meu ápice de fase de questionamentos. Desacreditei de qualquer coisa e iniciei-me em wiccanismos e práticas estranhas. Isso com 12, 13 anos. Devo ter me interessado pela Wicca até uns 16 anos, quando parei de conversar com a Thatinha. Era, o que dizíamos, uma apóia a outra. Talvez tenha começado a odiar os go-betweens: religião. Foi por que, mesmo? Quando comecei a ler algum artigo científico? Quando comecei a querer provas?
O ceticismo tomou conta, comigo julgando levar uma vida racional. Rendo-me a emoções facilmente. Claro, acreditando na capacidade cerebral humana sem enfiar forças maiores no meio.
Daí, meu avô paterno morreu. Hum, foi um quase-cair-de-mundo, ano passado.
Odiei tudo, por um mês ou mais. Sentia raiva. Mas não era de qualquer so called deus. Era dos homens. E da falta de atenção. E das estradas. E dos caminhões. E dos acostamentos. E das agências funerárias. E dos cemitérios. E daterra. E da cama, e, e...
É tudo justo, claro. O ser humano morre. Mas minha avó Maria e meu avô Antenor? Justo os imortais?
Acho que ela enfiou o dedo em qualquer parte de um livro cujo título era alguma-coisa-and-taboos. 'Rá, death'. Olhei bem pra ela e para o meu colega de classe. 'Carol, you know that Daniel will discuss something only for the pleasure to disagree with me, don't you?'. Ela respondeu que sim, e que era mais divertido.
Não sei por quê cargas d'água, o assunto desviou para religião e para o meu ceticismo. Tá, sei o por quê de ter desviado para religião, mas eu fui o alvo de questionamentos. E, para falar, o Daniel se deliciava com cada respostinha metidinha de menininha rebelde que sou. A Carol ria, e dizia que era porque ele não podia discutir algo tão profundo quanto morte com a namorada dele. Hum, e ele nem ficou bravo.
Acho que eles ficaram tristes pela minha auto criação religiosa, ou não. Contava que, quando minha avó morreu, eu lia Saramago. Foi meu ápice de fase de questionamentos. Desacreditei de qualquer coisa e iniciei-me em wiccanismos e práticas estranhas. Isso com 12, 13 anos. Devo ter me interessado pela Wicca até uns 16 anos, quando parei de conversar com a Thatinha. Era, o que dizíamos, uma apóia a outra. Talvez tenha começado a odiar os go-betweens: religião. Foi por que, mesmo? Quando comecei a ler algum artigo científico? Quando comecei a querer provas?
O ceticismo tomou conta, comigo julgando levar uma vida racional. Rendo-me a emoções facilmente. Claro, acreditando na capacidade cerebral humana sem enfiar forças maiores no meio.
Daí, meu avô paterno morreu. Hum, foi um quase-cair-de-mundo, ano passado.
Odiei tudo, por um mês ou mais. Sentia raiva. Mas não era de qualquer so called deus. Era dos homens. E da falta de atenção. E das estradas. E dos caminhões. E dos acostamentos. E das agências funerárias. E dos cemitérios. E daterra. E da cama, e, e...
É tudo justo, claro. O ser humano morre. Mas minha avó Maria e meu avô Antenor? Justo os imortais?
quinta-feira, julho 20, 2006
'São só paredes.'
A minha mãe recebeu uma proposta a respeito da venda da casa daqui de Batatais. Acho que deve tâ-la recebido por gritar a todos os ventos que passeiam por estas bandas coisinhas sobre um desejo de sumir daqui quando todos os seus filhos estiverem instalados em cidades-sede de universidades/faculdades/fundações. Em poucas palavras: no mais tardar, quando Higue entrar em uma universidade, adios buracão [na verdade, ela quer é sair de Batatais quando ele tiver idade o suficiente para frequentar o Ensino Médio]. Eu já estou em São paulo [e a vontade de gritar 'aai, a única filha mais querida do mundo foi embora e eu vivo entre três homens rabugentos e mimados' existe? hohoho]. O Guto, luta por uma vaga em algumas instituições de ensino superior. O Higue? 13 anos e sétima série. Se o Guto passar, mamãe fica sozinha com o mais novo [ahn, julgando que não é de conhecimento de ninguém que meu pai trabalha em cidades vizinhas e só é morador desta casa aos finais de semana].
Contada a historinha, já é explícito que ela não fica por aqui sem 'ter o que fazer'. Claro que há a fazenda. 'Vou alugar esse negócio e morar na fazenda. Daí, o Higue estuda no Objetivo lá de Brodósqui'. Mas hoje, eis que um impávido senhor ultrapassa as barreiras representadas pelo portãozinho da varanda de entrada e diz: 'Quero comprar sua casa'. [cena de menininhas gritando 'ooooooooh', com feições que mostram espanto]. A Senhora Dadá aqui ficou toda animadinha. 'Não aguento mais esse trambolho, esse tamanho de casa com duas pessoas mais um cachorro que parece um rato de tão pequeno. Se ele pagar isso que ele propõe, eu compro tantos apartamentos em Ribeirão Preto, o seu em São Paulo e moro por lá contigo. Além de alugar aqueles de Ribeirão.' E dá-lhe ligações para todas as cidades do mundo em busca de papai. 'Luis, eu vou vender a casa.'
Quando digo que seria injusto com a minha já falecida, porém, constantemente citada e idolatrada, avó Maria [digníssima projetista da minha casa], minha mãe alega que 'são só paredes'. Bom, não passei toda a minha infância aqui, anyway. Mas, são grandes passos. Ainda é chocante receber notícias assim. Claro que não há marquinhas de crescimento na parede, não há vidros quebrados [exceto um dos que existem na porta de entrada, marca de uma chuva torrencial que o quebrou e fez com que usássemos um pedaço de papelão por uma semana no lugar do vidro. ele ainda é diferente dos outros dois.], não há buracos no chão. Mas sim, tem história. Eu sei que são só paredes, mas foram as que abrigaram tudo o que aconteceu conosco enquanto moramos em Batatais. Elas dão a impressão de lugar secreto que guarda tudo o que você precisa para algum renascimento de memórias esquecidas.
E eu ainda não consigo evitar uma frase quando chego em Batatais, a cada vinda de São Paulo: Ai ai, casa.
Contada a historinha, já é explícito que ela não fica por aqui sem 'ter o que fazer'. Claro que há a fazenda. 'Vou alugar esse negócio e morar na fazenda. Daí, o Higue estuda no Objetivo lá de Brodósqui'. Mas hoje, eis que um impávido senhor ultrapassa as barreiras representadas pelo portãozinho da varanda de entrada e diz: 'Quero comprar sua casa'. [cena de menininhas gritando 'ooooooooh', com feições que mostram espanto]. A Senhora Dadá aqui ficou toda animadinha. 'Não aguento mais esse trambolho, esse tamanho de casa com duas pessoas mais um cachorro que parece um rato de tão pequeno. Se ele pagar isso que ele propõe, eu compro tantos apartamentos em Ribeirão Preto, o seu em São Paulo e moro por lá contigo. Além de alugar aqueles de Ribeirão.' E dá-lhe ligações para todas as cidades do mundo em busca de papai. 'Luis, eu vou vender a casa.'
Quando digo que seria injusto com a minha já falecida, porém, constantemente citada e idolatrada, avó Maria [digníssima projetista da minha casa], minha mãe alega que 'são só paredes'. Bom, não passei toda a minha infância aqui, anyway. Mas, são grandes passos. Ainda é chocante receber notícias assim. Claro que não há marquinhas de crescimento na parede, não há vidros quebrados [exceto um dos que existem na porta de entrada, marca de uma chuva torrencial que o quebrou e fez com que usássemos um pedaço de papelão por uma semana no lugar do vidro. ele ainda é diferente dos outros dois.], não há buracos no chão. Mas sim, tem história. Eu sei que são só paredes, mas foram as que abrigaram tudo o que aconteceu conosco enquanto moramos em Batatais. Elas dão a impressão de lugar secreto que guarda tudo o que você precisa para algum renascimento de memórias esquecidas.
E eu ainda não consigo evitar uma frase quando chego em Batatais, a cada vinda de São Paulo: Ai ai, casa.
quarta-feira, julho 19, 2006
A woman's rage
Hoje? Dormi às cinco da manhã, enquanto escrevia algo, ou perdendo-me em mais uma tentativa de escrita pessoal.
Tendo me rendido à certas outras coisas, criei milhões de cartas começadas e frases soltas. E isso não me apetece.
Dormir tarde assim quando há a iminência do exame prático de direção? Entupir-me com litros e litro de café [começando a achar que acabarei com a água do mundo de tanto fazer café] não é bom. E sabem o que é pior? Leitura lenta.
~ he was always there to help her. and then, he knocked at her door.
A minha sorte é que eu tenho conseguido conversar um bocado. Ahn, vale dizer se for comigo mesma? Se ressucitei diários?
Ri bastante da minha situação de inapta, mentalmente falando, e saí pra andar com a Bud.
Desejei meus domingos solitários em São Paulo. Ou os que havia uma ligação às três da tarde dando início a algo que só terminava na segunda-feira de manhã.
Consigo ficar tão feliz assim por uns tempos?
Acho que aprendi a conviver com a solidão um tanto bem. Claro, desfalecia enquanto ele ficava por lá, e queria sempre a presença dele [situação que se repetiria se eu alcançasse a distância].
E antes? Ficava sozinha. Morria de tédio e claustrofobia em momentos que julgava estranhamente bons.
Podia chorar sem dar satisfações a ninguém a não ser eu mesma. Elaborava histórias e teorias.
Da próxima vez, atormentarei vizinhos com outro som durante a madrugada, o som da máquina de escrever.
Tendo me rendido à certas outras coisas, criei milhões de cartas começadas e frases soltas. E isso não me apetece.
Dormir tarde assim quando há a iminência do exame prático de direção? Entupir-me com litros e litro de café [começando a achar que acabarei com a água do mundo de tanto fazer café] não é bom. E sabem o que é pior? Leitura lenta.
~ he was always there to help her. and then, he knocked at her door.
A minha sorte é que eu tenho conseguido conversar um bocado. Ahn, vale dizer se for comigo mesma? Se ressucitei diários?
Ri bastante da minha situação de inapta, mentalmente falando, e saí pra andar com a Bud.
Desejei meus domingos solitários em São Paulo. Ou os que havia uma ligação às três da tarde dando início a algo que só terminava na segunda-feira de manhã.
Consigo ficar tão feliz assim por uns tempos?
Acho que aprendi a conviver com a solidão um tanto bem. Claro, desfalecia enquanto ele ficava por lá, e queria sempre a presença dele [situação que se repetiria se eu alcançasse a distância].
E antes? Ficava sozinha. Morria de tédio e claustrofobia em momentos que julgava estranhamente bons.
Podia chorar sem dar satisfações a ninguém a não ser eu mesma. Elaborava histórias e teorias.
Da próxima vez, atormentarei vizinhos com outro som durante a madrugada, o som da máquina de escrever.
terça-feira, julho 18, 2006
Negligência

'Gábe, faz mal tomar tanto café assim.'
'Mãe, fase super feminina, deixa eu ter pelo menos uns momentozinhos de negligência, deixa?
'Ah, larga de ser boba'.
É assim, né?
'Rááá, eu sou uma adolescente [?] incompreendiiida!'
O Matheus comentou hoje que aprendeu a não classificar crimes. Que no Direito, isso não existe. Acho que ele está apaixonado pelo curso. Disse-me que tenho acesso a qualquer processo aberto. Resolverei quando passarei a frequentar a biblioteca do Fórum.
Acho que isso acontecerá quando eu bater meu recorde de um litro de café durante o dia.
Alguém me grita insandecidamente.
Oh yeah.
segunda-feira, julho 17, 2006
Hoje tudo começou a doer.
Sabe o post de antes?
Então, é só fuçar em uma música e começar a chorar, além de achar isso a coisa mais saudável do mundo.
Por que eu tenho me mantido tão ocupada e cansada?
'mulherzinhá! mulherzinhá!'.
Feminilidade em altíssimos níveis. Ain't that amazing?
A segunda tornou-se o domingo? Por onde as mulheres sentem inveja dos homens por eles terem o futebol e não terem vontade de se suicidar ao final da tarde?
Gostando mesmo desses meus momentos.
Há tanta separação de sexos que ah, eu chego a achar que é tudo mentira.
Sabe o post de antes?
Então, é só fuçar em uma música e começar a chorar, além de achar isso a coisa mais saudável do mundo.
Por que eu tenho me mantido tão ocupada e cansada?
'mulherzinhá! mulherzinhá!'.
Feminilidade em altíssimos níveis. Ain't that amazing?
A segunda tornou-se o domingo? Por onde as mulheres sentem inveja dos homens por eles terem o futebol e não terem vontade de se suicidar ao final da tarde?
Gostando mesmo desses meus momentos.
Há tanta separação de sexos que ah, eu chego a achar que é tudo mentira.
domingo, julho 16, 2006
uma semana, só?
Te contar, viu.
Mulheres, hunf.
Sofremos mesmo todas as mazelas do mundo, não é possível.
Alguma coisa deve ter sido feita, gosh, há muito conspirando contra essa parte da humanidade.
Dizendo, no meu caso?
São duas longuíssimas semanas da mais profunda TPM. Tudo dói, o corpo todo, com raras exceções. O cabelo fica horrível. Fico pseudo-três-quilos-mais-gorda, inxada. E há aquele monte de espinhas que vão me seguir até os gloriosos 26 anos. E eu choro, choro muito. Choro por bichinhos mal-tratados, choro por crianças abandonadas, choro quando alguém fala meu nome inteiro ['Por que você tá me tratando assim? Mas eu não fiz nada!']. Grito com meio mundo por qualquer coisinha. Todas as pessoas do universo me odeiam e nada dá certo na minha vida. Torno-me o bípede mais estúpido já nascido e odeio quando concordam comigo nesse ponto. Torno-me paradoxal e birrenta.
Depois? Sangro. Uma semana de dores intensas, violentas, incessantes. Uma semana de nunca-mais-quero-levantar-dessa-cama-quentinha. Nos primeiros dois dias? Qualquer movimento brusco parece fazer o útero desmanchar.
E tudo isso pra quê? Para uma semana bem, com o cabelo bonito, a pele certinha e a sensação de ser a mulher mais linda ever. Qual é? Vale? 3/4 do mês vivendo como uma bomba-relógio prestes a explodir?
Quando eu for deus, eu vou tratar de mudar isso.
E eu ainda adoro ser mulher.
Mulheres, hunf.
Sofremos mesmo todas as mazelas do mundo, não é possível.
Alguma coisa deve ter sido feita, gosh, há muito conspirando contra essa parte da humanidade.
Dizendo, no meu caso?
São duas longuíssimas semanas da mais profunda TPM. Tudo dói, o corpo todo, com raras exceções. O cabelo fica horrível. Fico pseudo-três-quilos-mais-gorda, inxada. E há aquele monte de espinhas que vão me seguir até os gloriosos 26 anos. E eu choro, choro muito. Choro por bichinhos mal-tratados, choro por crianças abandonadas, choro quando alguém fala meu nome inteiro ['Por que você tá me tratando assim? Mas eu não fiz nada!']. Grito com meio mundo por qualquer coisinha. Todas as pessoas do universo me odeiam e nada dá certo na minha vida. Torno-me o bípede mais estúpido já nascido e odeio quando concordam comigo nesse ponto. Torno-me paradoxal e birrenta.
Depois? Sangro. Uma semana de dores intensas, violentas, incessantes. Uma semana de nunca-mais-quero-levantar-dessa-cama-quentinha. Nos primeiros dois dias? Qualquer movimento brusco parece fazer o útero desmanchar.
E tudo isso pra quê? Para uma semana bem, com o cabelo bonito, a pele certinha e a sensação de ser a mulher mais linda ever. Qual é? Vale? 3/4 do mês vivendo como uma bomba-relógio prestes a explodir?
Quando eu for deus, eu vou tratar de mudar isso.
E eu ainda adoro ser mulher.
quinta-feira, julho 13, 2006
'E ela caiu. Num enrugar seco de lençóis por fazer, rendendo-se às contorções que seu corpo fazia no ar denso do verão e no jogo de descobertas por cada fragemento.
Todo o calor tirou sua roupa. O cabelo colava-se à nuca. Os segundos eram horas, as horas dias e os dias anos.
Um piscar de olhos e uma inspiração duravam eras naquele dia, naquele octavo día.
Durante oito dias, o mundo derretia e ela ficava trancada na cama.
Tirar cada peça por dia. Tirar cada fragmento junto.
Teve tempo para pensar, enquanto o calor tornava a vida lenta. Depois do que aconteceu, pensar era a melhor atividade.
Olhou para as unhas vermelhas dos pés. Molhava os cabelos com a água da garrafa ao lado da sua cama de quando em quando.
Molhava o rosto em outros artifícios.
O que sentia? O que queria, misturando lençóis, suor e pele?
Chorava. Sentia calor. Parava e inspirava profundamente.'
Eu quero me esconder debaixo dessa tua saia, pra fugir do mundo.
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses teus cabelos
E vem logo, vem curar teu nego, que chegou de porre lá da boemia.
Todo o calor tirou sua roupa. O cabelo colava-se à nuca. Os segundos eram horas, as horas dias e os dias anos.
Um piscar de olhos e uma inspiração duravam eras naquele dia, naquele octavo día.
Durante oito dias, o mundo derretia e ela ficava trancada na cama.
Tirar cada peça por dia. Tirar cada fragmento junto.
Teve tempo para pensar, enquanto o calor tornava a vida lenta. Depois do que aconteceu, pensar era a melhor atividade.
Olhou para as unhas vermelhas dos pés. Molhava os cabelos com a água da garrafa ao lado da sua cama de quando em quando.
Molhava o rosto em outros artifícios.
O que sentia? O que queria, misturando lençóis, suor e pele?
Chorava. Sentia calor. Parava e inspirava profundamente.'
Eu quero me esconder debaixo dessa tua saia, pra fugir do mundo.
Pretendo também me embrenhar no emaranhado desses teus cabelos
E vem logo, vem curar teu nego, que chegou de porre lá da boemia.
quarta-feira, julho 12, 2006
"Os bandidos não estão interessados se vai ter eleição ou não. Nós temos que tomar atitudes", disse ele ao ser questionado se a questão eleitoral está influenciando na relação entre os governos. "Os bandidos estão provocando a polícia, a sociedade civil e estamos com disposição de fazer o que a lei permite que a gente faça", acrescentou.
Ataques, de novo? Recusinhas, de novo? Transferência de líderes e prisões mal calculadas, de novo?
Erros grotescos.
Eu sonhei com você, não tive tempo de contar.
Era 1920 e alguma coisa. Tinha a tal da recém descoberta Madeleine e eu usava um vestido branco comprido e com uma fenda na perna direita e algum xale com pêlos. Você usava um terno preto com uma gravata vermelha, um chapéu à década e uma bengala mais bonita inútil para sua idade.
Andávamos por um bar e você sentou em uma mesa num canto escuro para fumar.
'Dança pra mim?'
'Danço.'
Você ficava impassível e mexia as sobrancelhas. Havia muita fumaça e aquele jazz.
De repente, tiros. Você participava e ria.
Tirou o paletó e havia suspensórios [nunca saberei escrever essa palavra] e uma arma.
Em erro e você me acertou.
Tentei sair, engatinhando e você puxou meus pés.
'Fica debaixo da mesa senão é pior.'
Eu olhava inconformada.
Hum, e depois, eu morri, acordando.
Iei. ^^
You might be spoilin' me too much, love.
Yer gonna make me lonesome when you go.
Ataques, de novo? Recusinhas, de novo? Transferência de líderes e prisões mal calculadas, de novo?
Erros grotescos.
Eu sonhei com você, não tive tempo de contar.
Era 1920 e alguma coisa. Tinha a tal da recém descoberta Madeleine e eu usava um vestido branco comprido e com uma fenda na perna direita e algum xale com pêlos. Você usava um terno preto com uma gravata vermelha, um chapéu à década e uma bengala mais bonita inútil para sua idade.
Andávamos por um bar e você sentou em uma mesa num canto escuro para fumar.
'Dança pra mim?'
'Danço.'
Você ficava impassível e mexia as sobrancelhas. Havia muita fumaça e aquele jazz.
De repente, tiros. Você participava e ria.
Tirou o paletó e havia suspensórios [nunca saberei escrever essa palavra] e uma arma.
Em erro e você me acertou.
Tentei sair, engatinhando e você puxou meus pés.
'Fica debaixo da mesa senão é pior.'
Eu olhava inconformada.
Hum, e depois, eu morri, acordando.
Iei. ^^
You might be spoilin' me too much, love.
Yer gonna make me lonesome when you go.
terça-feira, julho 11, 2006
Poor Syd Barrett.
luis diz:
fifilha, o syd barrett morreu na sexta-feira
Gabriela diz:
é mesmo, pai!? mas, do quê?
luis diz:
não sei, mas é tão triste, né? devemos ficar todos de luto por ele
Gabriela diz:
me lembra de ir de joelhos até a fazenda?
luis diz:
só se você me esperar pra ir junto
Ah bah, de onde veio meu gosto musical?
luis diz:
fifilha, o syd barrett morreu na sexta-feira
Gabriela diz:
é mesmo, pai!? mas, do quê?
luis diz:
não sei, mas é tão triste, né? devemos ficar todos de luto por ele
Gabriela diz:
me lembra de ir de joelhos até a fazenda?
luis diz:
só se você me esperar pra ir junto
Ah bah, de onde veio meu gosto musical?
segunda-feira, julho 10, 2006
Pude render-me ao Mozart enquanto assistia 'Amadeus' pela segunda vez - é, pra quem viu quando tinha 13 e só estudava Chopin, é sempre um choque -. Achei que o filme teria feito uma caricatura dele, aquilo de ressaltar certos pontos, como o fato da infantilidade e o da bebida.
Fui tentar saber mais sobre ele, em sites e mais sites e alguns livrinhos. Claro que todo mundo dizia das atitudes indiferentes e comentavam de ele ter morrido como indigente. Fiquei chateada com a minha preguiça e com a minha atitude, nada fiz para extingui-la. Saí em uma cruzada, na busca por livros e outros emprestados. Tinha o Budapeste, The unbearable lightness of being, meu The song remains the same. Voltei pra casa de mãos vazias, ainda querendo Mozart.
É. Há tanta genialidade no mundo que me deixa perplexa.
Ahn. Tá. Relendo e, texto confuso, as usual.
Fui tentar saber mais sobre ele, em sites e mais sites e alguns livrinhos. Claro que todo mundo dizia das atitudes indiferentes e comentavam de ele ter morrido como indigente. Fiquei chateada com a minha preguiça e com a minha atitude, nada fiz para extingui-la. Saí em uma cruzada, na busca por livros e outros emprestados. Tinha o Budapeste, The unbearable lightness of being, meu The song remains the same. Voltei pra casa de mãos vazias, ainda querendo Mozart.
É. Há tanta genialidade no mundo que me deixa perplexa.
Ahn. Tá. Relendo e, texto confuso, as usual.
sábado, julho 08, 2006
so many stupid things.
Fiquei com marcas de mãos no rosto enquanto descansava a cabeça e resmungava frases soltadas durante o carteado da tarde de sábado.
Tem até uma lista que o Octávio fez.
'Eu quero andar.'
'Eu quero ler.'
'Eu quero ver "Seven".'
'Hit me!'
'Cuzão.'
'Desgraçado, viu.'
'Errou, burro!'
'Ah, Joles, olha o Octávio. Ele tá me imitando.'
'Eu tô linda hoje.'
Peguei o papel e fui arrastando-me pela casa da Jollies com uma calça jeans surrada, um blusão , sandálias e aquele cabelo de dia-de-lavar. Quis ir embora.
Claro, o dia. A manhã foi bem produtiva, 2/3 dela dormindo e o resto morrendo na calçada. Um sonho durante a tarde e eu desanimei, por fraqueza, como sempre. Pensava na velhice e em tudo o que ela traz. No jantar de ontem e em tudo o que eu senti lá. Eu queria conversar e me taxava de inapta.
Fiquei o dia todo querendo saber mais, aprender a desenvolver um pensamento.
Hoje é só um daqueles antigos dias cinzas que eu tinha durante o ano passado.
A salvação? Encontrar-me com o Bruno, enquanto ele andava de bicicleta. Deu aquela saudade de quando discutíamos e ele quase batia na Bud, de quando ele dizia que eu era estranha e que lembrava de mim quando via algo com o Johnny Depp.
Há um encontro com ele hoje à noite. Conversas sobre faculdade e história. Há uma vontade de rir e pensar em quão besta eu sou ao achar que posso ser inferior a alguma coisa.
Fiquei com marcas de mãos no rosto enquanto descansava a cabeça e resmungava frases soltadas durante o carteado da tarde de sábado.
Tem até uma lista que o Octávio fez.
'Eu quero andar.'
'Eu quero ler.'
'Eu quero ver "Seven".'
'Hit me!'
'Cuzão.'
'Desgraçado, viu.'
'Errou, burro!'
'Ah, Joles, olha o Octávio. Ele tá me imitando.'
'Eu tô linda hoje.'
Peguei o papel e fui arrastando-me pela casa da Jollies com uma calça jeans surrada, um blusão , sandálias e aquele cabelo de dia-de-lavar. Quis ir embora.
Claro, o dia. A manhã foi bem produtiva, 2/3 dela dormindo e o resto morrendo na calçada. Um sonho durante a tarde e eu desanimei, por fraqueza, como sempre. Pensava na velhice e em tudo o que ela traz. No jantar de ontem e em tudo o que eu senti lá. Eu queria conversar e me taxava de inapta.
Fiquei o dia todo querendo saber mais, aprender a desenvolver um pensamento.
Hoje é só um daqueles antigos dias cinzas que eu tinha durante o ano passado.
A salvação? Encontrar-me com o Bruno, enquanto ele andava de bicicleta. Deu aquela saudade de quando discutíamos e ele quase batia na Bud, de quando ele dizia que eu era estranha e que lembrava de mim quando via algo com o Johnny Depp.
Há um encontro com ele hoje à noite. Conversas sobre faculdade e história. Há uma vontade de rir e pensar em quão besta eu sou ao achar que posso ser inferior a alguma coisa.
quinta-feira, julho 06, 2006
A Kika está brava porquê eu dormi no meio do 'Último tango em Paris'. Não sei se foi o início que não me atraiu, pelo já anunciado filme com tantas cenas de sexo. Diverti-me tentando manter os olhos abertos tomando quantidades imensas de café. Continuo achando que já não surte mais efeito.
Como era aquela música do Alice in Chains? "I have never felt such frustration or lack of self control"? Oh, velhos tempos.
Sonhos estranhos. Sobre pessoas, pó e sangue. Talvez tenha acontecido pelas cartas lidas ontem, já em fim de madrugada. Tantas antigas, de pessoas que sumiram. Pensei em partes tomadas, por tudo o que foi escrito e derramado sobre intermináveis folhas de papel. Elas, com todas as declarações. Parei com o olhar perdido, quase em estado de inconformismo com personalidades estranhas. Eu teria mudado? Certamente que tentei mesmo não ridicularizar nada do que foi escrito. Faz tempo, já. Deparei-me com o pentagrama do Diego, com um par de meias pretas, um rolo de fita adesiva com desenhinhos bonitinhos, um encarte de uma harpista, dobraduras, fotografias. Achei que as cartas eram mais pessoais, mais uma vez.
Enterrei-me novamente em quase oito páginas de palavras jogadas mais por uma vontade, por uma saudade. Escrevi e escrevi e escrevi. Tudo aquilo que foi posto, vale ainda? Saí dos contos inúteis e sem sentido para pensar nele.
Lembrava-me. Houve a peça de seis horas de duração. Os dois, já no sofá, com calor pelas janelas fechadas e movimentos rápidos e três. Um mapa no chão da sala.
E sorri. Pelos meses.
Como era aquela música do Alice in Chains? "I have never felt such frustration or lack of self control"? Oh, velhos tempos.
Sonhos estranhos. Sobre pessoas, pó e sangue. Talvez tenha acontecido pelas cartas lidas ontem, já em fim de madrugada. Tantas antigas, de pessoas que sumiram. Pensei em partes tomadas, por tudo o que foi escrito e derramado sobre intermináveis folhas de papel. Elas, com todas as declarações. Parei com o olhar perdido, quase em estado de inconformismo com personalidades estranhas. Eu teria mudado? Certamente que tentei mesmo não ridicularizar nada do que foi escrito. Faz tempo, já. Deparei-me com o pentagrama do Diego, com um par de meias pretas, um rolo de fita adesiva com desenhinhos bonitinhos, um encarte de uma harpista, dobraduras, fotografias. Achei que as cartas eram mais pessoais, mais uma vez.
Enterrei-me novamente em quase oito páginas de palavras jogadas mais por uma vontade, por uma saudade. Escrevi e escrevi e escrevi. Tudo aquilo que foi posto, vale ainda? Saí dos contos inúteis e sem sentido para pensar nele.
Lembrava-me. Houve a peça de seis horas de duração. Os dois, já no sofá, com calor pelas janelas fechadas e movimentos rápidos e três. Um mapa no chão da sala.
E sorri. Pelos meses.
terça-feira, julho 04, 2006
robert
Talvez não haja algo que me faça morrer mais devagarzinho e deliciosamente que o Plant cantando 'Since i've been loving you'.
[well, há algo mais, sim. mas não vem ao caso, já que é o Plant que está no youtube].
Fazer-me fechar os olhos ao dizer 'how I love you, darling, how I love you, baby'.
Still, god bless the groupies.
Deitada para considerar algo de blues do Led.
Oh yeah, Robert.
[well, há algo mais, sim. mas não vem ao caso, já que é o Plant que está no youtube].
Fazer-me fechar os olhos ao dizer 'how I love you, darling, how I love you, baby'.
Still, god bless the groupies.
Deitada para considerar algo de blues do Led.
Oh yeah, Robert.
segunda-feira, julho 03, 2006
It only matters when you die.
As teorias cridas na madrugada não fazem tanto sentido quando se está acordada. Tudo o que é mencionado a respeito de pessoas e momentos que se fixam em paredes de memórias parece desaparecer com os primeiros traços de claridade.
Tenho passado as noites escrevendo para não correr riscos e perder idéias e ideais. Certamente que rasguei longas 10 páginas de um recém começado caderno lá em São Paulo, mas eu volto às inutilidades de cidadezinhas pacatas e aos pensamentos fragmentados na correria.
Acho que eu falava sobre fraquezas. Sobre como eu consigo desfalecer quando atinjo alguma em quem quer que seja. Lembro-me de pessoas inteiramente fortes com casuais quebras. Ainda lembro-me dos inteiramente fracos com espasmos de vontade. Senti que caio de joelhos nos momentos de insegurança alheios e derreto-me para entrar.
'É isso o que te faz se apaixonar?'
'Foi, acho, o que aconteceu com o Théo'.
'Ah, você gosta de homens que se mostram fracos em um primeiro momento ou algo assim?'
'Não, claro que não. Mesmo que eu seja fraca na grande maioria das vezes e, certamente, odiar-me por isso, não aguento tanto.'
Eu não me entrego mais nesse ponto. Deixo-me levar por qualquer correnteza que passe para sentir o depois. É a parte do subjetiva? Por que eu sinto ironias nessa parte do diálogo? ^^
As teorias cridas na madrugada não fazem tanto sentido quando se está acordada. Tudo o que é mencionado a respeito de pessoas e momentos que se fixam em paredes de memórias parece desaparecer com os primeiros traços de claridade.
Tenho passado as noites escrevendo para não correr riscos e perder idéias e ideais. Certamente que rasguei longas 10 páginas de um recém começado caderno lá em São Paulo, mas eu volto às inutilidades de cidadezinhas pacatas e aos pensamentos fragmentados na correria.
Acho que eu falava sobre fraquezas. Sobre como eu consigo desfalecer quando atinjo alguma em quem quer que seja. Lembro-me de pessoas inteiramente fortes com casuais quebras. Ainda lembro-me dos inteiramente fracos com espasmos de vontade. Senti que caio de joelhos nos momentos de insegurança alheios e derreto-me para entrar.
'É isso o que te faz se apaixonar?'
'Foi, acho, o que aconteceu com o Théo'.
'Ah, você gosta de homens que se mostram fracos em um primeiro momento ou algo assim?'
'Não, claro que não. Mesmo que eu seja fraca na grande maioria das vezes e, certamente, odiar-me por isso, não aguento tanto.'
Eu não me entrego mais nesse ponto. Deixo-me levar por qualquer correnteza que passe para sentir o depois. É a parte do subjetiva? Por que eu sinto ironias nessa parte do diálogo? ^^
sábado, julho 01, 2006
'corre pros braços de outro guapo'.
O Igor às vezes deixa-me brava, mesmo entretendo-me na madrugada de solidão.
E tem sempre vinte e oito mil pessoas falando coisas.
Minha mãe, a Jollies, meu pai e o tal do Igor.
Eu só faço aquele movimentozinho de mãos e deixo tudo de lado.
Tá só todo mundo duvidando de qualquer capacidade que eu tenho de segurá-lo comigo sempre e mais.
O Daniel diz que eu levo tudo pro lado errado, que eu sou precipitada.
Mas eu só penso em merda agora.
E eu consigo afogar-me em pensamentos e lembraças gostosas.
Sua boba.
Crazy to watch 'The Full Monty' de novo.
E eu descobri que a Sakura e o Shaoran não ficam juntos de verdade.
Já era tempo
Já era tempo de você voltar
Me beijar, esquecer
Já era mais que tempo de você
Refletir que as palavras
Muitas vezes
Não provêm do coração
Há muitos meses que você, meu bem
Disse adeus e partiu
Já era tempo de você chegar
Como eu, com os olhos rasos d'água
Mas sem mágoa
Triste de quem tem e vive à toa
Triste de quem ama e não perdoa
Ai de quem não cede
E de quem sempre tem razão
Ninguém sabe mais que o coração
Por isso eu peço: volta aos braços meus
Sem adeus, só perdão
Porque na hora em que você chegar
Como eu, com os olhos rasos d'água
Mas sem mágoa
Primeiro eu vou fingir espanto
Depois sorrir banhada em pranto
Quem o Vinícius de Moraes pensa que é?
Fuck.
O Igor às vezes deixa-me brava, mesmo entretendo-me na madrugada de solidão.
E tem sempre vinte e oito mil pessoas falando coisas.
Minha mãe, a Jollies, meu pai e o tal do Igor.
Eu só faço aquele movimentozinho de mãos e deixo tudo de lado.
Tá só todo mundo duvidando de qualquer capacidade que eu tenho de segurá-lo comigo sempre e mais.
O Daniel diz que eu levo tudo pro lado errado, que eu sou precipitada.
Mas eu só penso em merda agora.
E eu consigo afogar-me em pensamentos e lembraças gostosas.
Sua boba.
Crazy to watch 'The Full Monty' de novo.
E eu descobri que a Sakura e o Shaoran não ficam juntos de verdade.
Já era tempo
Já era tempo de você voltar
Me beijar, esquecer
Já era mais que tempo de você
Refletir que as palavras
Muitas vezes
Não provêm do coração
Há muitos meses que você, meu bem
Disse adeus e partiu
Já era tempo de você chegar
Como eu, com os olhos rasos d'água
Mas sem mágoa
Triste de quem tem e vive à toa
Triste de quem ama e não perdoa
Ai de quem não cede
E de quem sempre tem razão
Ninguém sabe mais que o coração
Por isso eu peço: volta aos braços meus
Sem adeus, só perdão
Porque na hora em que você chegar
Como eu, com os olhos rasos d'água
Mas sem mágoa
Primeiro eu vou fingir espanto
Depois sorrir banhada em pranto
Quem o Vinícius de Moraes pensa que é?
Fuck.
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